terça-feira, 26 de abril de 2005
segunda-feira, 25 de abril de 2005
Falando em genocídios, em falta de respeito pela autonomia de povos, lembremo-nos da situação do povo tibetano que, desde os anos 50, vive uma situação de opressão e de exílio. Como os tibetanos são pacíficos e querem o diálogo com os chineses, os media ignoram-nos. BTW, nesta quinta-feira (28 de Abril) realiza-se na Faculdade de Letras de Lisboa (Anfiteatro III) um colóquio totalmente dedicado à cultura tibetana.
domingo, 24 de abril de 2005
Em 1915, os "jovens turcos", em plena Primeira Guerra, decidiram criar a "Grande Turquia". Mas havia um obstáculo no meio: o povo arménio com uma identidade étnica e religiosa muito forte. Um milhão e quinhentas mil pessoas foram sumariamente assassinadas. Hoje, noventa anos depois, recorda-se na Arménia e em todo o mundo esse genocídio.
sábado, 23 de abril de 2005
Deus como Ausência Pura
"O molde intelectual, as formas sociais, as convenções linguísticas que acompanharam a transformação, talvez no oásis de Cades (Kadesh), do politeísmo na concepção mosaica de um Deus único, estão para além do alcance da memória. [...] As dimensões do acontecimento, a sua ocorrência na realidade do tempo, são indiscutíveis e continuam ainda hoje a fazer-se sentir. Mas não temos modo de saber como foram substituídas as antigas concreções culturais nem os velhos reflexos naturais de um animismo multiforme. O mais remoto horizonte refracta a luz que dele nos chega. O que devemos apreender de novo e guardar presente no espírito, com o máximo despojamento possível, é a singularidade, a estranheza assombrosa da ideia monoteísta. Os historiadores da religião ensinam-nos que a emergência da concepção mosaica de Deus é um facto único na experiência humana e que em nenhuma outra parte do espaço ou do tempo surgiu alguma vez outra noção realmente comparável. A qualidade abrupta da revelação mosaica, o carácter definitivo do credo do Sinai, abalaram a psique humana nas suas raízes mais profundas. E a ferida jamais cicatrizou por completo.
As exigências feitas ao espírito são, como o nome de Deus, insoletráveis. O cérebro e a consciência são intimados a revestir a fé, a obediência, o amor, numa abstracção mais pura, mais inacessível ao sentimento comum do que as mais altas matemáticas. O Deus da Torah não se limita a proibir a construção de imagens que O representem. Não se limita a não permitir a construção de imagens. Os seus atributos são também, como concisamente Schoenberg os exprime em Moses und Aron [Moisés e Aarão]: «Inconcebíveis porque invisíveis; porque incomensuráveis; porque intermináveis; porque eternos; porque omnipresentes; porque omnipotentes.» [...]
Quantos seres humanos foram alguma vez capazes, seriam alguma vez capazes, de albergar no seu íntimo uma omnipresença inconcebível? Para todos, com a excepção de muitos poucos, o Deus mosaico foi desde o início, até mesmo quando apaixonadamente invocado, uma Ausência descomedida [...]. Persegue a consciência humana, exigindo-lhe que se transcenda a si própria [...]
Historicamente, as exigências do monoteísmo absoluto revelaram-se intoleráveis. O Antigo Testamento é uma sucessão de motins, de regressos espasmódicos mas repetidos aos velhos deuses, que a mão podia tocar e a imaginação acolher. A fórmula paulina propôs uma solução útil. Ao mesmo tempo que conservava alguma coisa do vocabulário e das feições simbólicas centralizadas do monoteísmo, proporcionava lugar às necessidades pluralistas e figurativas da psique. Tanto nos seus aspectos trinitários e na sua proliferação de personagens santas e angélicas, como na sua versão vivamente material de Deus Pai, de Cristo, de Maria, as Igrejas cristãs, com raríssimas excepções, têm sido híbridas de ideais monoteístas e de práticas politeístas. O que explica a sua flexibilidade e a sua força sincrética. O Deus único, inimaginável - ou rigorosamente falando, «impensável» - do Decálogo nada tem a ver com o panteão trinitário e generosamente figurativo das igrejas cristãs.
Mas esse Deus, transparente como o ar do deserto, não desapareceu. A memória do seu ultimato, a presença da Sua Ausência, assombraram o homem ocidental.”
George Steiner, In Bluebeard’s Castle. Some Notes Towards the Re-definition of Culture, Londres/Boston, Faber & Faber, 1971, pp.36-38.
As exigências feitas ao espírito são, como o nome de Deus, insoletráveis. O cérebro e a consciência são intimados a revestir a fé, a obediência, o amor, numa abstracção mais pura, mais inacessível ao sentimento comum do que as mais altas matemáticas. O Deus da Torah não se limita a proibir a construção de imagens que O representem. Não se limita a não permitir a construção de imagens. Os seus atributos são também, como concisamente Schoenberg os exprime em Moses und Aron [Moisés e Aarão]: «Inconcebíveis porque invisíveis; porque incomensuráveis; porque intermináveis; porque eternos; porque omnipresentes; porque omnipotentes.» [...]
Quantos seres humanos foram alguma vez capazes, seriam alguma vez capazes, de albergar no seu íntimo uma omnipresença inconcebível? Para todos, com a excepção de muitos poucos, o Deus mosaico foi desde o início, até mesmo quando apaixonadamente invocado, uma Ausência descomedida [...]. Persegue a consciência humana, exigindo-lhe que se transcenda a si própria [...]
Historicamente, as exigências do monoteísmo absoluto revelaram-se intoleráveis. O Antigo Testamento é uma sucessão de motins, de regressos espasmódicos mas repetidos aos velhos deuses, que a mão podia tocar e a imaginação acolher. A fórmula paulina propôs uma solução útil. Ao mesmo tempo que conservava alguma coisa do vocabulário e das feições simbólicas centralizadas do monoteísmo, proporcionava lugar às necessidades pluralistas e figurativas da psique. Tanto nos seus aspectos trinitários e na sua proliferação de personagens santas e angélicas, como na sua versão vivamente material de Deus Pai, de Cristo, de Maria, as Igrejas cristãs, com raríssimas excepções, têm sido híbridas de ideais monoteístas e de práticas politeístas. O que explica a sua flexibilidade e a sua força sincrética. O Deus único, inimaginável - ou rigorosamente falando, «impensável» - do Decálogo nada tem a ver com o panteão trinitário e generosamente figurativo das igrejas cristãs.
Mas esse Deus, transparente como o ar do deserto, não desapareceu. A memória do seu ultimato, a presença da Sua Ausência, assombraram o homem ocidental.”
George Steiner, In Bluebeard’s Castle. Some Notes Towards the Re-definition of Culture, Londres/Boston, Faber & Faber, 1971, pp.36-38.
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Eu Sou Aquele que Sou
“Os israelitas chamavam a Iavé [YHVH/Yahweh] «O Deus dos nossos pais», embora tudo indique que Iavé deve ter sido uma divindade muito diferente de El, o Alto Deus de Canaã adorado pelos patriarcas. Ele pode ter sido o deus de outros povos antes de se tornar o Deus de Israel. Em todas as suas primeiras aparições a Moisés, Iavé insiste reiteradamente que é de facto o Deus de Abraão, apesar de ter sido primeiramente chamado de El Shaddai. Esta insistência pode preservar os ecos distantes de um antiquíssimo debate sobre a identidade do Deus de Moisés. Tem-se sugerido que Iavé era originalmente um deus guerreiro, um deus dos vulcões, um deus venerado em Midian [Madian], onde é hoje a Jordânia. Nunca saberemos onde é que os israelitas descobriram Iavé, se é que ele era de facto uma divindade inteiramente nova. Para nós, seria hoje uma questão importante, mas não foi tão crucial para os escritores bíblicos. Na antiguidade pagã, os deuses eram muitas vezes integrados uns nos outros, amalgamados, ou então os deuses de uma localidade eram aceites como idênticos aos de outro povo. A única coisa de que podemos ter a certeza é que, independentemente da sua proveniência, os acontecimentos do Êxodo fizeram definitivamente de Iavé [YHVH] o Deus de Israel, e que Moisés foi capaz de convencer os israelitas de que esse deus era um e o mesmo que El, o Deus amado por Abraão, Isaac e Jacob.
A chamada «Teoria Midianita» – de que Iavé era originalmente deus do povo de Midian –está hoje em geral desacreditada, mas foi no Midian que Moisés teve a sua primeira visão de Iavé. Lembremo-nos de que Moisés foi obrigado a fugir do Egipto por matar um egípcio que estava a maltratar um escravo israelita. Refugiou-se no Midian, ali casou, e foi quando pastoreava o rebanho do sogro que teve uma estranha visão: uma sarça que ardia sem se consumir. Iavé chamou o pelo nome e Moisés exclamou: «Eis-me!» [hinneni], a resposta de todos os profetas de Israel quando encontravam Deus, que lhes exigia total atenção e lealdade: “Não te aproximes daqui; tira as sandálias dos pés porque o lugar em que estás é uma terra santa.” Disse mais: “Eu sou o Deus dos teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.” Então Moisés cobriu o rosto, porque temia olhar para Deus.” (Ex 3:5-6) Apesar da primeira asserção de que Iavé é de facto o Deus de Abraão, esta divindade é de um tipo nitidamente diferente daquele deus que se sentara com Abraão e partilhara com ele amigavelmente uma refeição. Este inspira terror e insiste em que se mantenham as distâncias. Quando Moisés lhe pergunta pelo nome e pelas credenciais, Iavé replicou com um jogo de palavras que [...] ocuparia os monoteístas durante séculos: em vez de revelar directamente o seu nome, respondeu: «Eu sou Aquele que sou» (Ehyeh asher ehyeh) (Ex 3:14). Que queria ele dizer? Decerto que não queria dizer que era auto-subsistente, como afirmarão mais tarde certos filósofos. Os hebreus não possuíam essa dimensão metafísica neste período e até a adquirirem haviam de passar-se perto de dois mil anos. Deus parece que quis dizer qualquer coisa mais directa. Ehyeh asher ehyeh é uma frase idiomática hebraica que expressa a intenção de se ser propositadamente vago. Quando a Bíblia usa frases como «foram aonde foram», quer dizer: «Não faço a menor ideia aonde foram». Portanto, quando Moisés lhe pergunta quem ele é, Deus responde de facto: «Não tens nada com isso!» ou «Mete-te na tua vida!». Não ia haver discussão sobre a natureza de Deus, nem qualquer tentativa de o manipularem, como faziam às vezes os pagãos ao recitarem os nomes dos seus deuses. Iavé é Aquele a Quem não se põem condições [the Unconditioned One]: Eu serei aquele serei. Será exactamente como entender e não dá garantias. Promete simplesmente que participará na história do seu povo. O mito do Êxodo mostrar-se-á decisivo: conseguiu criar esperanças no futuro, mesmo em circunstâncias impossíveis. [...] No final do texto do Êxodo, editado no século V aC, diz se que Deus fez uma aliança com Moisés no monte Sinai (acontecimento que, segundo se supõe teve lugar cerca de 1200). [...] A ideia de aliança diz-nos que os israelitas ainda não eram monoteístas, uma vez que ela só faz sentido numa situação de politeísmo. Os israelitas não acreditavam que Iavé, o Deus do Sinai, era o único Deus, mas prometeram, ao fazerem aliança, que ignorariam todas as outras divindades e só o adorariam a ele."
Karen Armstrong, A History of God. The 4000-year quest of Judaism, Christianity, and Islam, Nova Iorque, A.A. Knopf/Random House, 1993, pp.29-31; Uma História de Deus, Lisboa, Temas e Debates, 1998, pp.43 45.
A chamada «Teoria Midianita» – de que Iavé era originalmente deus do povo de Midian –está hoje em geral desacreditada, mas foi no Midian que Moisés teve a sua primeira visão de Iavé. Lembremo-nos de que Moisés foi obrigado a fugir do Egipto por matar um egípcio que estava a maltratar um escravo israelita. Refugiou-se no Midian, ali casou, e foi quando pastoreava o rebanho do sogro que teve uma estranha visão: uma sarça que ardia sem se consumir. Iavé chamou o pelo nome e Moisés exclamou: «Eis-me!» [hinneni], a resposta de todos os profetas de Israel quando encontravam Deus, que lhes exigia total atenção e lealdade: “Não te aproximes daqui; tira as sandálias dos pés porque o lugar em que estás é uma terra santa.” Disse mais: “Eu sou o Deus dos teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.” Então Moisés cobriu o rosto, porque temia olhar para Deus.” (Ex 3:5-6) Apesar da primeira asserção de que Iavé é de facto o Deus de Abraão, esta divindade é de um tipo nitidamente diferente daquele deus que se sentara com Abraão e partilhara com ele amigavelmente uma refeição. Este inspira terror e insiste em que se mantenham as distâncias. Quando Moisés lhe pergunta pelo nome e pelas credenciais, Iavé replicou com um jogo de palavras que [...] ocuparia os monoteístas durante séculos: em vez de revelar directamente o seu nome, respondeu: «Eu sou Aquele que sou» (Ehyeh asher ehyeh) (Ex 3:14). Que queria ele dizer? Decerto que não queria dizer que era auto-subsistente, como afirmarão mais tarde certos filósofos. Os hebreus não possuíam essa dimensão metafísica neste período e até a adquirirem haviam de passar-se perto de dois mil anos. Deus parece que quis dizer qualquer coisa mais directa. Ehyeh asher ehyeh é uma frase idiomática hebraica que expressa a intenção de se ser propositadamente vago. Quando a Bíblia usa frases como «foram aonde foram», quer dizer: «Não faço a menor ideia aonde foram». Portanto, quando Moisés lhe pergunta quem ele é, Deus responde de facto: «Não tens nada com isso!» ou «Mete-te na tua vida!». Não ia haver discussão sobre a natureza de Deus, nem qualquer tentativa de o manipularem, como faziam às vezes os pagãos ao recitarem os nomes dos seus deuses. Iavé é Aquele a Quem não se põem condições [the Unconditioned One]: Eu serei aquele serei. Será exactamente como entender e não dá garantias. Promete simplesmente que participará na história do seu povo. O mito do Êxodo mostrar-se-á decisivo: conseguiu criar esperanças no futuro, mesmo em circunstâncias impossíveis. [...] No final do texto do Êxodo, editado no século V aC, diz se que Deus fez uma aliança com Moisés no monte Sinai (acontecimento que, segundo se supõe teve lugar cerca de 1200). [...] A ideia de aliança diz-nos que os israelitas ainda não eram monoteístas, uma vez que ela só faz sentido numa situação de politeísmo. Os israelitas não acreditavam que Iavé, o Deus do Sinai, era o único Deus, mas prometeram, ao fazerem aliança, que ignorariam todas as outras divindades e só o adorariam a ele."
Karen Armstrong, A History of God. The 4000-year quest of Judaism, Christianity, and Islam, Nova Iorque, A.A. Knopf/Random House, 1993, pp.29-31; Uma História de Deus, Lisboa, Temas e Debates, 1998, pp.43 45.
A Lei da Liberdade
"Sabemos que a Lei é espiritual (...) realmente não consigo entender o que faço pois não pratico o que quero, mas faço o que detesto. Ora, se faço o que não quero, reconheço que a Lei é boa" (Rm 7:14)
O Sabor da Libertação
“Fixa bem isto, filho de Kuntí: nenhum devoto (bhaktyā) meu perece (na pranashyati). Ó filho de Prithā [Arjuna, filho de Kuntí], mesmo aqueles que tiverem um mau nascimento, (...) se encontrarem refúgio em mim atingirão o fim supremo ("moksha", isto é, a libertação).” (Bhagavad Gita 9:31-32)
“Assim como o vasto mar está impregnado de um único sabor, o do sal, ó monges, também esta doutrina e esta disciplina estão impregnadas de um único sabor: o da Libertação" (Gotama, o Buda, Kullavagga).
“Assim como o vasto mar está impregnado de um único sabor, o do sal, ó monges, também esta doutrina e esta disciplina estão impregnadas de um único sabor: o da Libertação" (Gotama, o Buda, Kullavagga).
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Pesah - Páscoa
"Quando vir o sangue, passarei por cima de ti" (Ex 12:13). Hoje inicia-se a Páscoa judaica. Sempre considerei intuitivamente a primeira frase dos ditos "mandamentos" como o seu "primeiro". "Eu sou YHVH (Deus) que te trouxe da terra do Egipto, da casa da escravidão." Amar a Deus é amar a libertação. Uma Feliz Páscoa!
quinta-feira, 21 de abril de 2005
Notícia Bomba
Notícia de últim hora na Wikipedia:
"Lost writings by Sophocles, Euripides, Archilochus and others from classical antiquity, and possibly lost Christian gospels, are being recovered from papyrus texts found at Oxyrhynchus in Egypt."
"Lost writings by Sophocles, Euripides, Archilochus and others from classical antiquity, and possibly lost Christian gospels, are being recovered from papyrus texts found at Oxyrhynchus in Egypt."
quarta-feira, 20 de abril de 2005
terça-feira, 19 de abril de 2005
Habemus papam...mas estou inquieto!
Esperemos que este texto seja uma invenção delirante do seu autor ou que o Cardeal Ratzinger, agora Bento XVI, se revele uma pessoa diferente....
"After completing his doctorate on St Augustine in 1953 he made the rounds as a professor of ‘systematic theology’ before ascending to the position of Archbishop of Munich in 1977. From there John Paul II invited him to Rome, where he took up residence in 1981.
Once settled he was quick to make a mark with his old-fashioned dogmatism and conservative values. He was particularly upset by what he saw as destructive, liberalizing influences unleashed at the Second Vatican Council (1962-65). These ‘wild excesses’ extended to the introduction of a non-Latin Mass after Vatican II which Ratzinger characterized as a ‘tragic breach’ in tradition. But the Cardinal’s discomfort with modern life and yearning for the good old days also extended to the social realm, especially into the areas of gay rights and women.
In 1986 Ratzinger issued a letter to the Catholic Bishops in which he wrote that homosexuality was a ‘tendency’ towards an ‘intrinsic moral evil’. A few years later, in 1992, he rejected the notion of human rights for gays, stressing that their civil liberties could be ‘legitimately limited’. He followed up by remarking that ‘neither the church nor society should be surprised’ if ‘irrational and violent reactions increase’ when gays demand civil rights. Not a man to mince his words, Ratzinger urgently set to work to ferret out gay-sensitive clergy.
The good Cardinal also extended the Papal principle of ‘infallibility’ by declaring that the ordination of women was impossible because John Paul II said it was so. Ditto for the use of the word ‘priest’ by the Anglican Church: not on, said Joe, because Leo XIII in 1896 said it wasn’t allowed.
The Cardinal is also not happy mixing religion and politics – at least not the kind of politics which suggests the Church has an obligation to assist the poor in their fight for justice. So he set out to muzzle outspoken ‘liberation’ theologians including Brazil’s charismatic Leonardo Boff. He also replaced the now-deceased Archbishop of Recife, Dom Helder Camara, with Monsignor José Cardosa – a conservative right-winger – and warned the ex-Bishop of Chiapas in Mexico, Samuel Ruiz, to preach the Gospel ‘in its integrity without Marxist interpretations’.
As if that weren’t enough, the ever-busy Cardinal has used his privileged take on the Truth to set back inter-faith tolerance and religious pluralism a few decades. In 1997 Ratzinger annoyed Buddhists by calling their religion an ‘autoerotic spirituality’ [!!!!!] that offers ‘transcendence without imposing concrete religious obligations’ [sem comentários]. And Hinduism, he said, offers ‘false hope’; it guarantees ‘purification’ based on a ‘morally cruel’ concept of reincarnation resembling ‘a continuous circle of hell’. The Cardinal predicted Buddhism would replace Marxism as the Catholic Church’s main enemy this century [!!!!!!!].
So keep your eyes on those chimney pots when the contest for the next Pope begins. If Joe Ratzinger gets the nod progressive voices inside the Catholic Church will have an even harder time being heard. And it could happen. As Ratzinger himself has said: ‘No-one expected the present Pope to be elected either.’
http://www.newint.org/issue327/worldbeaters.htm
"After completing his doctorate on St Augustine in 1953 he made the rounds as a professor of ‘systematic theology’ before ascending to the position of Archbishop of Munich in 1977. From there John Paul II invited him to Rome, where he took up residence in 1981.
Once settled he was quick to make a mark with his old-fashioned dogmatism and conservative values. He was particularly upset by what he saw as destructive, liberalizing influences unleashed at the Second Vatican Council (1962-65). These ‘wild excesses’ extended to the introduction of a non-Latin Mass after Vatican II which Ratzinger characterized as a ‘tragic breach’ in tradition. But the Cardinal’s discomfort with modern life and yearning for the good old days also extended to the social realm, especially into the areas of gay rights and women.
In 1986 Ratzinger issued a letter to the Catholic Bishops in which he wrote that homosexuality was a ‘tendency’ towards an ‘intrinsic moral evil’. A few years later, in 1992, he rejected the notion of human rights for gays, stressing that their civil liberties could be ‘legitimately limited’. He followed up by remarking that ‘neither the church nor society should be surprised’ if ‘irrational and violent reactions increase’ when gays demand civil rights. Not a man to mince his words, Ratzinger urgently set to work to ferret out gay-sensitive clergy.
The good Cardinal also extended the Papal principle of ‘infallibility’ by declaring that the ordination of women was impossible because John Paul II said it was so. Ditto for the use of the word ‘priest’ by the Anglican Church: not on, said Joe, because Leo XIII in 1896 said it wasn’t allowed.
The Cardinal is also not happy mixing religion and politics – at least not the kind of politics which suggests the Church has an obligation to assist the poor in their fight for justice. So he set out to muzzle outspoken ‘liberation’ theologians including Brazil’s charismatic Leonardo Boff. He also replaced the now-deceased Archbishop of Recife, Dom Helder Camara, with Monsignor José Cardosa – a conservative right-winger – and warned the ex-Bishop of Chiapas in Mexico, Samuel Ruiz, to preach the Gospel ‘in its integrity without Marxist interpretations’.
As if that weren’t enough, the ever-busy Cardinal has used his privileged take on the Truth to set back inter-faith tolerance and religious pluralism a few decades. In 1997 Ratzinger annoyed Buddhists by calling their religion an ‘autoerotic spirituality’ [!!!!!] that offers ‘transcendence without imposing concrete religious obligations’ [sem comentários]. And Hinduism, he said, offers ‘false hope’; it guarantees ‘purification’ based on a ‘morally cruel’ concept of reincarnation resembling ‘a continuous circle of hell’. The Cardinal predicted Buddhism would replace Marxism as the Catholic Church’s main enemy this century [!!!!!!!].
So keep your eyes on those chimney pots when the contest for the next Pope begins. If Joe Ratzinger gets the nod progressive voices inside the Catholic Church will have an even harder time being heard. And it could happen. As Ratzinger himself has said: ‘No-one expected the present Pope to be elected either.’
http://www.newint.org/issue327/worldbeaters.htm
segunda-feira, 18 de abril de 2005
A 18 de Abril de 1955 falecia Einstein. Excelente aluno em Matemática e Filosofia (e péssimo em tudo o resto), Einstein não só mudou a nossa visão física do mundo, mas deu-nos uma das visões filosóficas mais interessantes da realidade. Quando lhe perguntavam se acreditava em Deus, ele que era crente, respondia: diga-me do que está a falar e eu dir-lhe-ei se acredito ou não.
domingo, 17 de abril de 2005
Wagner e Bill Viola
De 8 de Novembro a 6 de Dezembro, a ópera de Paris vai apresentar uma nova versão do drama musical Tristão e Isolda de Wagner com encenação de Peter Sellars e espaço cénico de Bill Viola.
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sábado, 16 de abril de 2005
Forgive me
"Selma- The time it takes a tear to fall
A heart to miss a beat
A snake to shed its skin
A rose to grow a thorn
Is all the time that's needed
To forgive me
I am so sorry
I just did what I had to do
I just did what I had to do
I just did what I had to do
I just did what I had to do"
Björk - Lars von Trier
A heart to miss a beat
A snake to shed its skin
A rose to grow a thorn
Is all the time that's needed
To forgive me
I am so sorry
I just did what I had to do
I just did what I had to do
I just did what I had to do
I just did what I had to do"
Björk - Lars von Trier
Sim ou Não
Nesta próxima segunda-feira, Mário Soares e Fernando Rosas (Bloco de Esquerda) discutem o "sim" e o "não" à Constituição Europeia. Local do debate: Anifiteatro IV da Faculdade de Letras de Lisboa (dia 18, às 18:30).
O Sexto Sentido
"Geralmente, acreditamos que os outros seres humanos são conscientes e quase toda a gente acredita que outros mamíferos e as aves são também conscientes. Mas as pessoas nem sempre concordem sobre se os peixes ou os insectos, as minhocas e as alforrecas, são conscientes. As pessoas têm ainda mais dúvidas sobre se animais unicelulares, como as amebas e as paramécias, têm experiências conscientes, ainda que essas criaturas reajam claramente a estímulos de diversos tipos. A maior parte das pessoas acreditam que as plantas não são conscientes e quase ninguém acredita que as pedras ou os lenços de papel ou os automóveis ou os lagos das montanhas ou os cigarros sejam conscientes. Para tomar outro exemplo biológico, a maioria de nós diria, se pensássemos nisso, que as células individuais que compõem os nossos corpos não têm experiência consciente. Mas como é que sabemos estas coisas todas?"
Thomas Nagel
Thomas Nagel
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quinta-feira, 14 de abril de 2005
Joga
"All these accidents,
That happen,
Follow the dot,
Coincidence,
Makes sense,
Only with you,
You don't have to speak,
I feel.
Emotional landscapes,
They puzzle me,
Then the riddle gets solved,
And you push me up to this
State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
Is where I want to be.
All that no-one sees,
You see,
What's inside of me,
Every nerve that hurts,
You heal,
Deep inside of me, oo-oohh,
You don't have to speak,
I feel.
Emotional landscapes,
They puzzle me - confuse,
Then the riddle gets solved,
And you push me up to this
State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
Is where I want to be.
State of emergency,
How beautiful to be,
Emotional landscapes,
They puzzle me,
Then the riddle gets solved,
And you push me up to this
State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
Is where I want to be.
State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
State of, state of,
How beautiful,
Emergency,
Is where I want to be.
State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
Is where I want to be.
State of emergency,
How beautiful to be."
Björk
That happen,
Follow the dot,
Coincidence,
Makes sense,
Only with you,
You don't have to speak,
I feel.
Emotional landscapes,
They puzzle me,
Then the riddle gets solved,
And you push me up to this
State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
Is where I want to be.
All that no-one sees,
You see,
What's inside of me,
Every nerve that hurts,
You heal,
Deep inside of me, oo-oohh,
You don't have to speak,
I feel.
Emotional landscapes,
They puzzle me - confuse,
Then the riddle gets solved,
And you push me up to this
State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
Is where I want to be.
State of emergency,
How beautiful to be,
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They puzzle me,
Then the riddle gets solved,
And you push me up to this
State of emergency,
How beautiful to be,
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State of emergency,
How beautiful to be,
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Is where I want to be.
State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
Is where I want to be.
State of emergency,
How beautiful to be."
Björk
quarta-feira, 13 de abril de 2005
A imagem que temos das figuras históricas altera-se substancialmente quando conhecemos a sua juventude. Os "Dários de Che Guevara" é um filme baseado nos diários do jovem Ernesto Guevara de la Serna quando este ainda estava a concluir os seus estudos de medicina e tomou a decisão de fazer uma viagem numa mota com um amigo por toda a América latina. É uma viagem que muda a sua vida e nos oferece uma imagem comovente deste futuro herói da revolução cubana. Aqui não encontramos o Che político, antes alguém que não consegue ficar indiferente aos humilhados e ofendidos deste mundo. As cenas na leprosaria são absolutamente inesquecíveis. Alguém mais cínico, poderá dizer que estamos em face de uma autobiografia... Mas mesmo na narrativa das nossas vidas, a selecção realizada não é indiferente. Um filme a ver (ou a rever).
segunda-feira, 11 de abril de 2005
Dancer in the Dark, o filme de Lars von Trier com Björk, já tem cinco anos. Como se fosse ontem...
"I've seen it all
I have seen the trees
I have seen the willow leaves
Dancing in the breeze
...
I've seen it all
I've seen the dark
I've seen the brightness
In one little spark
I've seen what I chose
And I've seen what I need
And that is enough
To want more would be greed
I've seen what I was
And I know what I'll be
I've seen it all
There is no more to see"
domingo, 10 de abril de 2005
Dancer in the Dark
"And there's always someone
To catch me
You will always be there to catch me
You were always there to catch me
When I'd fall..."
"If living is seeing
I'm holding my breath
In wonder - I wonder
What happens next?
A new world, a new day to see"
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Barbárie na Coreia
O governo coreano prepara-se para legalizar o abate de cães e a comercialização da sua carne. Por favor, não fique indiferente a esta decisão bárbara e desumana. Aja rapidamente, clicando aqui
sábado, 9 de abril de 2005
Ricardo França
Fotografia de Ricardo França, um dos melhores fotógrafos portugueses. Ele cita Dostoievsky, "Nada é mais fantástico do que a realidade"
quinta-feira, 7 de abril de 2005
A Guerra dos Mundos
Cena do último filme de Spielberg, A Guerra dos Mundos. Como é óbvio, baseia-se no romance do escritor e filósofo político H.G. Wells, The War of the Worlds, publicado em 1898. É um livro assustador... se dúvidas existissem, bastaria pensar no celebérrimo caso da emissão radiofónica de Orson Welles, baseado neste romance. Mas o mais assustador disto tudo é que, em 20 anos, passámos do ET (The Extra Terrestrial, 1982) para esta "Guerra". Quase nos faz acreditar nas palavras apocalípticas de H.G.Wells, um ano antes de morrer: "the end of everything we call life is close at hand and cannot be evaded". Só que este nosso sentido de fim (The sense of an ending de Frank Kermode) não anuncia, como no passado, qualquer redenção que nos eleve a alma. Afinal, era isso que significava "apocalipse": revelação.
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quarta-feira, 6 de abril de 2005
terça-feira, 5 de abril de 2005
Crô! Crô!
A obra de Locke sobre o entendimento humano (traduzido na Gulbenkian) tem passagens memoráveis. Neste blog, já fiz referência a uma delas, a saber, aquela em que ele discute a ideia do mundo estar assente na carapaça de uma tartaruga (história que Stephen Hawking pensa erradamente ter origem em Bertrand Russell). Ora, numa outra passagem, bem mais divertida, fala-nos de um papagaio de um português (sic) que discursava normalmente (infelizmente Locke não sabia português e os diálogos do príncipe com o papagaio são em francês). E aqui vai o texto:
"Disse-me que tinha ouvido falar desse tal velho papagaio quando estivera no Brasil e, embora não acreditasse em nada do que era dito - e era muita coisa -, ficara tão curioso que o mandara procurar; e que era um papagaio grandioso e muito velho. Quando o trouxeram pela primeira vez à (sua) presença, que estava rodeado de um grande número de holandeses, o papagaio disse nesse momento: "Que grande grupo de homens brancos aqui temos!" Perguntaram-lhe o que é que pensava que aquele homem era, apontando para o príncipe. Ele respondeu, dizendo: "Um general ou parecido". Quando o aproximaram do príncipe, este perguntou-lhe: "D'où venez-vous?" O papagaio respondeu: "De Marinnan". O Príncipe: "À qui êtes-vous?" O papagaio: "A un portugais". O príncipe perguntou: "Que fais-tu là?" O papagaio respondeu: "Je garde les poulles". O Príncipe riu e disse: "Vous gardez les poules?" O papagaio respondeu: "Oui, moi; et je sais bien faire", e repetiu quatro ou cinco vezes o som que as pessoas costumam fazer quando chamam as galinhas" (An Essay, II, XXVII).
Locke, prudentemente, deixa para os naturalistas a confirmação da veracidade desta história. Mas, para lá do carácter anedótico do episódio, as reflexões que Locke faz sobre hipotéticos papagaios falantes permite-lhe diferenciar os conceitos de "ser humano" e de "pessoa". Com efeito, se víssemos um papagaio a especular filosoficamente, nunca diríamos: "Olha, aquilo é um homem!" Diga-se que os naturalistas actuais estão cada vez mais convencidos das capacidades cognitivas dos papagaios - apesar dos seus "miolos de pássaro" - comparando-os mesmo com os primatas. Ainda recentemente, o canal Odisseia apresentava um excelente documentário que defendia a tese de que os papagaios são os animais mais inteligentes para lá dos homens. Afinal, será inocente esse desejo mimético do papagaio em agradar ao seu dono, a um ponto que altera a sua voz?
"Disse-me que tinha ouvido falar desse tal velho papagaio quando estivera no Brasil e, embora não acreditasse em nada do que era dito - e era muita coisa -, ficara tão curioso que o mandara procurar; e que era um papagaio grandioso e muito velho. Quando o trouxeram pela primeira vez à (sua) presença, que estava rodeado de um grande número de holandeses, o papagaio disse nesse momento: "Que grande grupo de homens brancos aqui temos!" Perguntaram-lhe o que é que pensava que aquele homem era, apontando para o príncipe. Ele respondeu, dizendo: "Um general ou parecido". Quando o aproximaram do príncipe, este perguntou-lhe: "D'où venez-vous?" O papagaio respondeu: "De Marinnan". O Príncipe: "À qui êtes-vous?" O papagaio: "A un portugais". O príncipe perguntou: "Que fais-tu là?" O papagaio respondeu: "Je garde les poulles". O Príncipe riu e disse: "Vous gardez les poules?" O papagaio respondeu: "Oui, moi; et je sais bien faire", e repetiu quatro ou cinco vezes o som que as pessoas costumam fazer quando chamam as galinhas" (An Essay, II, XXVII).
Locke, prudentemente, deixa para os naturalistas a confirmação da veracidade desta história. Mas, para lá do carácter anedótico do episódio, as reflexões que Locke faz sobre hipotéticos papagaios falantes permite-lhe diferenciar os conceitos de "ser humano" e de "pessoa". Com efeito, se víssemos um papagaio a especular filosoficamente, nunca diríamos: "Olha, aquilo é um homem!" Diga-se que os naturalistas actuais estão cada vez mais convencidos das capacidades cognitivas dos papagaios - apesar dos seus "miolos de pássaro" - comparando-os mesmo com os primatas. Ainda recentemente, o canal Odisseia apresentava um excelente documentário que defendia a tese de que os papagaios são os animais mais inteligentes para lá dos homens. Afinal, será inocente esse desejo mimético do papagaio em agradar ao seu dono, a um ponto que altera a sua voz?
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segunda-feira, 4 de abril de 2005
Sementes de Violência
"A violência nunca anda longe. É possível identificar as sementes da violência nos pensamentos, na fala e nas acções do dia-a-dia. Podemos encontrar estas sementes nas nossas mentes, nas nossas atitudes e nos nossos nossos medos e ansiedades relativamente a nós e aos outros. O simples acto de pensar pode ser violento e os pensamentos violentos podem levar-nos a falar e a agir de forma violenta. Assim, a violência que existe dentro de nós manifesta-se no mundo.
As guerras diárias que ocorrem dentro de nós e no seio das nossas famílias não são muito diferentes daquelas em que povos e nações se digladiam por todo o mundo. A convicção de que nós é que somos senhores da verdade e que aqueles que partilham as nossas ideias estão errados tem provocado danos imensos. Quando acreditamos que somos donos da verdade absoluta, ficamos reféns das nossas próprias ideias. Se acreditamos, por exemplo, que o budismo é o único caminho para a felicidade, podemos estar a praticar um tipo de violência ao discriminar e excluir aqueles que seguem outros caminhos espirituais. Quando ficamos reféns das nossas ideias, não conseguimos ver nem entender a realidade."
Thich Nhat Hanh, Criar a verdadeira paz
As guerras diárias que ocorrem dentro de nós e no seio das nossas famílias não são muito diferentes daquelas em que povos e nações se digladiam por todo o mundo. A convicção de que nós é que somos senhores da verdade e que aqueles que partilham as nossas ideias estão errados tem provocado danos imensos. Quando acreditamos que somos donos da verdade absoluta, ficamos reféns das nossas próprias ideias. Se acreditamos, por exemplo, que o budismo é o único caminho para a felicidade, podemos estar a praticar um tipo de violência ao discriminar e excluir aqueles que seguem outros caminhos espirituais. Quando ficamos reféns das nossas ideias, não conseguimos ver nem entender a realidade."
Thich Nhat Hanh, Criar a verdadeira paz
sábado, 2 de abril de 2005
Esta gravura nazi revela bem a forma como o regime retratava a situação da Alemanha, da Áustria e da Prússia Oriental após o Tratado de Versailles. Até Portugal orienta as suas tropas em direcção ao pacífico Reich... assim se faz(ia) propaganda!
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sexta-feira, 1 de abril de 2005
Montanhas e Água
Avalokiteshvara - literalmente, o "deus (Ishvara) que ouve o som do mundo", também conhecido como o "deus que olha para baixo". Nesta pintura (gruta XVII de Dunhuang na China) do século X, encontramos esta divindade budista conduzindo uma figura feminina. Esta imagem descoberta numa gruta na China foi associada pelo British Museum à grande exposição dedicada à arte chinesa (9 de Fevereiro a 28 de Agosto). A exposição tem como título "Montanhas e Água", os dois símbolos cuja conjugação em chinês significa "Paisagem". "Montanha" porque nos conduz aos céus; "água" porque nos mantém perto da terra.
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Louisville - uma excelente fotografia da Webshots. Se tivesse de escolher dez objectos para viver numa ilha deserta (ou num bunker de cimento), esta fotografia seria certamente um deles.
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