domingo, 31 de dezembro de 2006
sexta-feira, 29 de dezembro de 2006
Meditação
música Spiegel im Spiegel
composta por Arvo Pärt
fotografia da Webshots
p.s. por sugestão dos leitores, a música passou para MP3 (mono)
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
As Estações da Vida (4)
Goste-se, ou não, da escritora Agatha Christie, não acredito que exista alguém que nunca tenha ficado fascinado por uma das suas histórias. É difícil dizer qual das obras me tocou mais...Death on the Nile, Ten Little Indians/And Then There Were None , Murder of Roger Acroyd , entre tantos livros. Impressionaram-me igualmente os seus últimos livros, como Nemesis ou Passenger to Frankfurt, porque se tornam muito reflectidos, quase sem acção. Como obra-prima, decidi optar pelo célebre Murder on the Orient Express - não só por narcisismo bloguista - mas porque toca um tema que me deixa sempre "sem palavras": o rapto e o assassínio de uma criança. Embora o desenlace final seja, no mínimo, inquietante (a "justiça" pelas próprias mãos), o enredo é fabuloso. Como se fosse hoje, lembro-me da excitação de ir comprar à Bertrand os livros de bolso desta escritora (na altura, se não estou em erro, publicados por uma editora americana chamada Pocket Books).
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quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
Música subaquática
Fiquei a saber pela iCreate que agora já posso usar o iPod quando estiver a mergulhar a 5 metros... se tiver dúvidas, clique aqui . Pelo menos, permite resolver um problema bem comum: estar na praia a ouvir música enquanto o iPod vai ficando cheio de areia.
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
50000
O Expresso do Oriente transportou hoje o seu passageiro nº50.000, às 15:39. Como é um comboio expresso, a viagem foi muito rápida e durou apenas 45 segundos. O bilhete de entrada foi adquirido na Vodafone portuguesa. E assim este leitor ganhou mais umas milhas/kms extras que pode adquirir na nossa Agência Central do Orient Express. Para mais pormenores, é favor contactar a agência referida.
E lá vamos todos...
Hoje, no Boxing Day, a vontade não é muita e o passo assemelha-se ao de uma tartaruga... mas a lista de tarefas a fazer não engana ninguém!
Fotografia de Joaquim Alves Gaspar, 1968.
segunda-feira, 25 de dezembro de 2006
domingo, 24 de dezembro de 2006
Um Presente de Natal
sábado, 23 de dezembro de 2006
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
Metafísicas
Um dia fui convidado para jantar no Porto de Santa Maria, ali para o Guincho, e foi um evento: para lá do maravilhoso prato vegetariano que o restaurante foi obrigado a fazer (e que pela cornucópia de cores fez crescer a água na boca a todos os presentes...), os meus anfitriões perguntaram-me o que estava a ensinar: neste momento, respondi-lhes, estou a ensinar metafísica (tópicos de metafísica). Silêncio embaraçoso, como se eu me dedicasse a qualquer mântica exótica... Mas como nos diz Markus Gabriel no seu último livro (Der Mensch im Mythos (O Homem no Mito), Berlim/Nova Iorque, Walter de Gruyter, 2006), a metafísica é saber ver "o mundo como mundo". Acredito que, por vezes, não seja fácil, pois o mais fácil é esquecermo-nos nele por causa dos milhões de problemas que temos. Só que quando vemos o "mundo como mundo" sentimo-nos livres e tudo se torna mais belo e interessante.
Parabéns Markus! A Amazon já te leva aos ombros...
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
Merry Christmas, Mr.Lawrence
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
Esta é a Zé
Foi reeditada em Novembro a biografia de Enid Blyton e, como não tinha lido o original datado de 1974, tenho agora a oportunidade de a ler, durante a noite, sem parar. Claro que as biografias têm sempre algo de perturbador: afinal, na biografia, o Hergé colaborou com os nazis belgas e por pouco não foi preso; na biografia, Marguerite Yourcenar transformou a sua companheira numa autêntica escrava e passou muitas horas da sua vida a reconstruir uma imagem "bonita" para a História; na biografia, T.S.Eliot e a sua mulher, numa relação que se pensava cândida, quase enlouqueceram e ele apenas escreveu a sua obra-prima quando estava numa casa de repouso em Genebra.
O que vou eu descobrir sobre a Enid Blyton, para lá de já saber que ela se identificava com "o" George, a nossa Zé? Será que devorava crianças ao pequeno-almoço e que era uma fanática da caça à raposa? Duvido, mas certamente não será apenas a candura do "countryside" britânico.
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terça-feira, 19 de dezembro de 2006
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
sábado, 16 de dezembro de 2006
Maravilhosa Nussbaum
"In 55 BC, the Roman leader Pompey staged a combat between humans and elephants. Surrounded in the arena, the animals perceived that they had no hope of escape. According to Pliny, they then "entreated the crowd, trying to win its compassion with indescribable gestures, bewailing their plight with a sort of lamentation." The audience, moved to pity and anger by their plight, rose to curse Pompey — feeling, wrote Cicero, that the elephants had a relation of commonality (societas) with the human race.
In 2000 AD, the High Court of Kerala, in India, addressed the plight of circus animals "housed in cramped cages, subjected to fear, hunger, pain, not to mention the undignified way of life they have to live." It found those animals "beings entitled to dignified existence" within the meaning of Article 21 of the Indian Constitution, which protects the right to life with dignity. "If humans are entitled to fundamental rights, why not animals?" the court asked.
We humans share a world and its scarce resources with other intelligent creatures. As the court said, those creatures are capable of dignified existence. It is difficult to know precisely what that means, but it is rather clear what it does not mean: the conditions of the circus animals beaten and housed in filthy cramped cages, the even more horrific conditions endured by chickens, calves, and pigs raised for food in factory farming, and many other comparable conditions of deprivation, suffering, and indignity. The fact that humans act in ways that deny other animals a dignified existence appears to be an issue of justice, and an urgent one.
Indeed, there is no obvious reason why notions of basic justice, entitlement, and law cannot be extended across the species barrier, as the Indian court boldly did.
In some ways, our imaginative sympathy with the suffering of nonhuman animals must be our guide as we try to define a just relation between humans and animals. Sympathy, however, is malleable. It can all too easily be corrupted by our interest in protecting the comforts of a way of life that includes the use of other animals as objects for our own gain and pleasure. That is why we typically need philosophy and its theories of justice. Theories help us to get the best out of our own ethical intuitions, preventing self-serving distortions of our thought. They also help us extend our ethical commitments to new, less familiar cases. It seems plausible to think that we will not approach the question of justice for nonhuman animals well if we do not ask, first, what theory or theories might give us the best guidance.
In my new book, Frontiers of Justice: Disability, Nationality, Species Membership, I consider three urgent problems of justice involving large asymmetries of power: justice for people with disabilities, justice across national boundaries, and justice for nonhuman animals."
Encontram o texto integral e a referência no
Conta Natura
Sobre Nussbaum, uma breve apresentação in
Martha Nussbaum
Cf. ainda o vídeo sobre a autora no programa "Do Belo e da Consolação"
Pode-se agora afirmar, sem exagero, que não existe nenhuma teoria ética relevante (do utilitarismo à deontologia) que não defenda o respeito ético pelos animais não-humanos. Fim de um ciclo teórico... em termos práticos, agora é só mesmo uma questão de tempo.
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
A Vida por uma Corda
Life on a String, no título inglês do filme Chen Kaige, é uma obra-prima da narrativa. Um músico cego tocando continuamente o seu banjo até que a milésima corda se partisse e ele conseguisse ver finalmente no seu instrumento musical a cura da sua cegueira. Filme que conjuga perfeitamente a esperança e o trágico.
Mas quando um de nós contém em si um certo número de cordas, como as sete vidas de um gato... o que fazer quando nos apercebemos que elas se têm vindo a partir? A última será talvez a mais dramática, mas provavelmente a menos importante. E aquelas que a antecederam? O músico desejou ardentemente que as últimas cordas se partissem, até que apenas restasse uma só, a chave do segredo. E nós como devemos agir? Com nobreza, naturalmente...
domingo, 10 de dezembro de 2006
Mito hindu sobre o último homem
Há muito tempo atrás todo o mundo tinha perecido num grande dilúvio. O mundo tinha-se tornado num mar pantanoso, cinzento, sem vida. O último homem, de nome Markandeya, totalmente exausto percorria atónito, sem compreender a razão de ser de tanta devastação. Não encontrava sinais de vida e desesperou. Subitamente, sem saber porquê, virou-se e viu no meio das águas uma árvore, na qual se encontrava um bebé com ar feliz e sorridente. A criança subitamente disse-lhe: "Estás muito cansado. Precisas de repousar. Entra no meu corpo." O bebé abriu a boca e um súbito vento arrastou Markandeya para o interior do corpo daquela criança. Aí ele viu um mundo com as suas montanhas e rios, com as pessoas e animais fazendo a sua vida normal. Markandeya viu os oceanos, a terra, o céu infinito. E, assim, Markandeya caminhou durante quase cem anos no interior do corpo daquela criança. Mas, de repente, um vento poderoso arrastou-o e ele foi cuspido da boca da criança para as águas pantanosas. A criança sorriu e disse-lhe: "espero que tenhas tido um bom descanso."
sábado, 9 de dezembro de 2006
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
sábado, 2 de dezembro de 2006
domingo, 26 de novembro de 2006
Como é possível?
Sigam este link e vejam o vídeo.
http://www.glumbert.com/media/dolphin
Como é possível isto acontecer num país que se apresenta como um dos centros da civilização mundial (o Japão)? O que se pode fazer?
http://www.glumbert.com/media/dolphin
Como é possível isto acontecer num país que se apresenta como um dos centros da civilização mundial (o Japão)? O que se pode fazer?
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
domingo, 19 de novembro de 2006
sábado, 18 de novembro de 2006
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
Samsara
domingo, 12 de novembro de 2006
O Sol da Meia-Noite
domingo, 5 de novembro de 2006
As Estações da Vida (4)
Estávamos no princípio dos anos 80, talvez no Natal de 82... Lembro-me de ir a casa de uns familiares e ver o primeiro computador pessoal: o ZX Spectrum. Uma caixa preta, pequenina, com imensas teclas coloridas e cheia de estranhos sinais. Já tinha visto computadores no Laboratório de Engenharia Nuclear, mas a diferença era da noite para o dia. Estes últimos eram máquinas gigantescas que funcionavam com estranhos cartões perfurados. Mas agora com o ZX Spectrum já se podia ter um pequeno computador pessoal em casa. Era um encanto; uma só tecla permitia fazer imensas coisas. Parecia que se estava a desvendar alguma mensagem codificada para se obter um tesouro oculto. Se quiser experimentar um Spectrum nada melhor do que um emulador. O melhor para mim é aquele que corre no Mac e se chama ZXSP, não tanto pelas opções, mas pela fidelidade com que consegue reproduzir o Speccy (como ele era carinhosamente conhecido). Para o Windows o Spectaculator também não é mau.
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
Rousseau tinha razão
Esta é a menina mais antiga do mundo alguma vez decoberta. Tem mais de três milhões de anos e o seu fóssil foi encontrado na Etiópia. Pertence à mesma espécie da Lucy. Como é querido, sensível, curioso este rosto; como ele indicia o que poderíamos ter sido e não fomos. Conferir o último número da National Geographic (Novembro de 2006)
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quarta-feira, 1 de novembro de 2006
Código Da Vinci
Sobre o livro de Dan Brown, "Da Vinci Code" acho que já se disse tudo e mais alguma coisa, para se poder ainda dizer mais... Seria agora mais interessante situar a discussão em termos cinematográficos. A meu ver, uma das apostas mais felizes foi a escolha da actriz Audrey Tautou como "Sophie Nouveau". Este papel era inegavelmente o mais difícil, pois não é fácil encontrar alguém que fosse credível como herdeira de Cristo. Já tenho mais dúvidas sobre Tom Hanks como Robert Langdon. O problema não é a sua representação que é excelente... mas é um actor já muito marcado/identificado por outros filmes e personagens.
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sexta-feira, 27 de outubro de 2006
As Estações da Vida (3)
Lembro-me de ter ido à discoteca Melodia, no Chiado, ouvir novos discos (como estávamos longe dos CDs...). Tinha saído um novo disco dos Beatles e eu queria naturalmente ouvi-lo. À medida que ia escutando o Sgt. Pepper, o meu rosto ia ficando cada vez mais vermelho e por pouco não tive um ataque de coração. Nunca tinha ouvido nada assim... dia glorioso.
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Arte e Mitologia
Colóquio Internacional em Lisboa (9 a 11 de Novembro), com a presença de filósofos alemães, italianos e portugueses (entre outros, Hogrebe, Stolzenberg, Halfwassen, Dottori).
Para mais informações, conferir aqui .
domingo, 22 de outubro de 2006
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
As Estações da Vida (2)
Comecei a lê-los bem antes dos sete anos e, se ainda for vivo, espero continuar a leitura depois dos setenta e sete. O meu primeiro contacto com o Tintin/Tintim foi através do DN que editava todas as semanas uma secção de BD. Já agora, seria uma ideia feliz o DN publicar em livro esse trabalho pioneiro na divulgação da banda desenhada belga e portuguesa.
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
domingo, 15 de outubro de 2006
As Estações da Vida (1)
Inicio hoje uma nova secção deste expresso, dedicada àquelas coisas que, para nós, têm valor intrínseco. São aquelas estações, nesta nossa viagem de comboio, em que valeu a pena parar um pouco. E nada melhor do que começar pela "eterna infância", associada, para sempre, aos Famosos Cinco da Enid Blyton.
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
sábado, 30 de setembro de 2006
quinta-feira, 28 de setembro de 2006
Capote
terça-feira, 26 de setembro de 2006
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
As Flores de Harrison
O enredo deixa muito a desejar, para lá dos eventos narrados serem, no mínimo, implausíveis. Mas o interesse do filme está num outro plano: os cenários de guerra. Fabulosos. A guerra na antiga Jugoslávia foi um dos conflitos mais violentos e cruéis da história do século XX. E os cenários deste filme mostram-nos isso mesmo.
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
quarta-feira, 20 de setembro de 2006
Grizzly Man
Este é um dos filmes mais perturbadores e interessantes dos últimos tempos. Mais do que um filme tradicional, é antes um documentário construído, no essencial, com imagens recolhidas pela pessoa que é retratada. O filme aborda os últimos anos de vida de Timothy Treadwell. O "grizzly man", como era conhecido, viveu os seus últimos trezes anos no Alasca, acampando em pleno território dos ursos. O seu objectivo era proteger os ursos-pardos que habitam aquela zona. Ele e a sua namorada acabaram por morrer num fatídico dia de 2003, quando o seu acampamento foi ferozmente atacado por um urso. O filme é fascinante, apenas se lamentando as exclamações finais do lendário realizador (Werner Herzog), talvez querendo realizar a catarse do horror que sente em face da morte de Treadwell e da sua companheira.
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terça-feira, 19 de setembro de 2006
A Pequena Lili
Diz-se, com alguma razão, que não devemos ligar muito ao título de uma obra. No caso deste filme importa conhecer o seu título secreto: a Gaivota. Com efeito, esta obra é um remake dessa peça bem famosa de Tchekov. Aqui os dramas mais evidentes não são os de um escritor a braços com os ditames da sua mãe, mas, antes os de um cineasta. Mas, como sugere a existência de um título secreto, há um outro plano em que se pode ver o filme e que se prende com a personagem feminina, a Lili, aparentemente bem sucedida, mas que é realmente uma gaivota meio perdida neste mundo.
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sábado, 16 de setembro de 2006
quinta-feira, 14 de setembro de 2006
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