sábado, 29 de abril de 2006
we tea between five or six
Excelente desenho de John Tenniel sobre a "Mad Tea-Party" da Alice. Trata-se de uma das cenas literárias mais delirantes e loucas que alguma vez li. Para criar a personagem do "Hatter" (chapeleiro), Lewis Carroll baseou-se num inventor de Oxford chamado Theofilus Carter, conhecido como o "Mad Hatter". Uma das suas invenções - exibida no Crystal Palace em 1851 - consistia numa "cama despertadora". Pura e simplesmente a cama lançava-nos no chão quando chegava a hora de acordar... O desenho de Tenniel do chapeleiro louco é considerada uma excelente antecipação da figura de Bertand Russell. O arganaz e a lebre não deixam de ter algumas semelhanças com os companheiros de Russell, respectivamente MacTaggart e G.E.Moore. Daí eles serem conhecidos no Trinity College como "the Mad Tea Party of Trinity".
Etiquetas:
Alice,
Bertrand Russell,
filosofia,
Lewis Carroll,
literatura,
MacTaggart,
Moore
sexta-feira, 28 de abril de 2006
Gato de Cheshire
O sorriso deste gato faz as delícias de qualquer reflexão. Como se recordam, nas aventuras da Alice no País das Maravilhas, o gato não só tinha o hábito de aparecer e desaparecer subitamente, como muitas vezes deixava para trás o seu sorriso. Para muitos, isto é apenas mais um sinal do universo delirante de Lewis Carroll. Mas, mais uma vez, o escritor inglês coloca-nos questões bem difíceis, como seja a da relação entre os predicados e as entidades. O que é uma entidade sem predicados? Será possível existirem predicados sem que ninguém os possua? Será possível imaginar um mundo em que os predicados andem por aí à solta à espera de serem apanhados? E por quem? Qualquer que seja a resposta, uma coisa é certa: ficamos sempre com o belo predicado que é o sorriso do Gato de Cheshire...
Etiquetas:
Alice,
Cheshire,
filosofia,
gatos,
Lewis Carroll,
literatura
terça-feira, 25 de abril de 2006
domingo, 23 de abril de 2006
Narciso
Obra da escultora belga Michèle Findlay sobre o mito de Narciso. Recentemente, li uma interpretação do mito, na versão tradicional de Ovídio, completamente diferente de todas aquelas que conheço. É proposta por um dos mais interessantes pensadores contemporâneos, Marc Hauser, professor de psicologia e etologia em Harvard. Segundo ele ("Know Thyself"), Narciso estava loucamente apaixonado por Eco, só que esta, incapaz de tomar iniciativas, apenas lhe repete as palavras. "Na mitologia, Narciso é um jovem belo, mas vaidoso, que se apaixona intensamente pela ninfa Eco. Esta última, em vez de corresponder às suas propostas românticas, apenas repete as palavras que Narciso lhe dirige." (Marc Hauser). Habitualmente, o que se sublinha é a incapacidade de Narciso em corresponder ao amor intenso de Eco devido ao seu orgulho insolente.
Etiquetas:
Eco,
escultura,
Marc Hauser,
Michèle Findlay,
Narciso
sábado, 22 de abril de 2006
sexta-feira, 21 de abril de 2006
quinta-feira, 20 de abril de 2006
quarta-feira, 19 de abril de 2006
Lisboa: 1506
Quadro a óleo de Gerhard Richter ("Três velas"). Sobre o massacre de Lisboa de 19, 20 e 21 de Abril de 1506, visitem o blog de Nuno Guerreiro Josué.
Etiquetas:
anti-semitismo,
Gerhard Richter,
judaísmo,
Lisboa,
pintura,
Portugal
segunda-feira, 17 de abril de 2006
domingo, 16 de abril de 2006
sábado, 15 de abril de 2006
sexta-feira, 14 de abril de 2006
Jardim das Oliveiras
"Sabemos que a Sexta-feira significa, para os cristãos, o dia da Crucificação. Mas o não-cristão, o ateu, conhece-a também. Conhece a injustiça, o sofrimento interminável, a destruição, o enigma brutal do fim, dimensões que constituem claramente, não apenas a dimensão histórica da condição humana, mas também o tecido quotidiano da nossa existência individual. Conhecemos, de uma forma inelutável, a dor, o fracasso do amor, a solidão que são ao mesmo tempo a nossa história e o nosso destino particular. Conhecemos também o Domingo. Para o cristão, esse dia significa uma evocação, ao mesmo tempo garantida e precária, ao mesmo tempo evidente e incompreensível, da ressurreição, de uma justiça e de um amor que venceram a morte. Se não somos cristãos ou crentes, conhecemos este domingo de uma forma análoga. Concebemo-lo como sendo o dia da libertação da inumanidade e da servidão. Procuramos por isso caminhos, terapêuticos e políticos, sociais ou messiânicos. [...] Mas a nossa época é a do longo dia de Sábado. Entre o sofrimento, a solidão, a devastação inexprimível, por um lado, e o sonho da libertação, de renascimento, por outro. Diante da tortura de uma criança, da morte do amor que representa a Sexta-feira, mesmo as maiores formas de arte e de poesia estão quase sem recursos. Na utopia do Domingo, a estética, presumo, não terá mais razão de ser. As apreensões e as figurações que estão em jogo na imaginação metafísica, no poema, na composição musical, que falam da dor e da esperança, da carne que tem o gosto da cinza e do espírito que tem o sabor do fogo, são sempre obras do Sábado. Irromperam da expectativa imensa que é a expectativa do homem. Sem elas, como poderíamos esperar com paciência?" (George Steiner, Presenças Reais. As Artes do Sentido, Lisboa, Presença, 1991, p.205).
quinta-feira, 13 de abril de 2006
Walking Man/2
Um novo Walking Man do escultor Borofsky na Alemanha. Situa-se, neste caso, em Munique na Leopoldstrasse.
Etiquetas:
Alemanha,
escultura,
Jonathan Borofsky,
Munique
Alentejo 2006
O Alentejo está agora lindo, verdejante e cheio de flores. O pólen das árvores cobre como um manto as águas dos rios e dos lagos. Fiquei, no entanto, com a impressão que a seca ainda continua, dado que os níveis de água ainda estão muito baixos. Aqui em Lisboa (onde vou passar a Páscoa), com tanta chuva neste último Inverno, temos a impressão errada de que o problema já passou...
domingo, 9 de abril de 2006
Walking Man/1
sábado, 8 de abril de 2006
sexta-feira, 7 de abril de 2006
Homem martelando
Quem não conhece esta célebre escultura,Hammering Man, sempre em movimento (com a excepção do 1 de Maio e das habituais horas de descanso diárias... não sei se tem direito a fins-de-semana), do grande artista norte-americano Jonathan Borofsky? O que a maioria da pessoas não sabe - pelo menos, eu não sabia - é que existem variações desta mesma obra, todas elas criadas por Borofsky, nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia. A que consta na imagem, fica em Dallas (Texas).
Etiquetas:
escultura,
Estados Unidos,
Jonathan Borofsky,
Texas
sábado, 1 de abril de 2006
Subscrever:
Mensagens (Atom)