quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Chauvet/1
Na zona de Ardèche (Sul de França, próximo da Alemanha) pode descobrir este cenário natural que esconde no seu seio algo de único e, de certo modo, comovedor. Pois aí encontra... (confira post anterior).
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Chauvet/2
... as célebres grutas de Chauvet com as suas magníficas pinturas. Clique na imagem para ver melhor. É uma das primeiras manifestações artísticas do Homem moderno (homo sapiens sapiens) e é notável a qualidade e a força criadora das gravuras. A datação por carbono faz remontá-las a 32.000 a.C., uns 8.000 anos antes de Lascaux. Observe um pormenor no post anterior...
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Chauvet/3
Note-se a qualidade do desenho que se revela neste pequeno exemplo. A história do homem moderno começou em África há 100.000 anos. Conviveu com outras espécies de homens (género Homo) que acabaram por se extinguir. Mas toda esta história da humanidade remonta a um passado bem longínquo. Tem também origem em África, mas a datação cifra-se nos milhões de anos...
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terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Pride & Prejudice
Já há muito tempo que não via um filme ser objecto de críticas tão díspares. Até parece que a forma apaixonada de viver os problemas da época de Jane Austen ainda encontra ecos na crítica cinematográfica contemporânea. Pessoalmente acho esta adaptação perfeita, sem qualquer mácula. A rever (& também a ler...) infinitamente.
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sábado, 24 de fevereiro de 2007
Vénus de um tempo perdido
Embora a origem do impulso artístico seja, ainda hoje, motivo de grande controvérsia - com efeito, muitas peças com centenas de milhares de anos podem ter sido o resultado de efeitos geológicos e não de acção intencional -, o mesmo já não se pode dizer das primeiras criações artísticas do chamado homem moderno (homo sapiens sapiens). A sua grande maioria foi encontrada no centro da Europa. Um dos primeiros artefactos - com quase 30.000 anos - foi descoberta numa zona da actual República Checa. Trata-se da Vénus of Dolní Věstonice.
Com uma data aproximada, mas provavelmente mais recente, descobrimos a célebre Vénus austríaca de Willendorf
ou ainda a surpreendente Vénus de Brassempouy (descoberta em França e que ainda hoje é objecto de controvérsia).
Para quem tenha algum interesse em questões arqueológicas, recomendo o site simpático de Don.
Há uma questão óbvia associada a estas figurinhas (as suas dimensões pouco ultrapassam os 10 cm). Por que razão povos caçadores e recolectores - para quem o Céu ou os animais deveriam ser o seu ponto de referência - parecem totalmente fascinados por figuras que associamos ao culto da "Terra Mãe"? Culto óbvio da fertilidade e do feminino? Ou apenas um acaso? Afinal as pinturas das grutas de Chauvet são coetâneas e as representações são bem diferentes...
Com uma data aproximada, mas provavelmente mais recente, descobrimos a célebre Vénus austríaca de Willendorf
ou ainda a surpreendente Vénus de Brassempouy (descoberta em França e que ainda hoje é objecto de controvérsia).
Para quem tenha algum interesse em questões arqueológicas, recomendo o site simpático de Don.
Há uma questão óbvia associada a estas figurinhas (as suas dimensões pouco ultrapassam os 10 cm). Por que razão povos caçadores e recolectores - para quem o Céu ou os animais deveriam ser o seu ponto de referência - parecem totalmente fascinados por figuras que associamos ao culto da "Terra Mãe"? Culto óbvio da fertilidade e do feminino? Ou apenas um acaso? Afinal as pinturas das grutas de Chauvet são coetâneas e as representações são bem diferentes...
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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Um dia na vida
Se tiver dificuldades, clique aqui or in Chinese 点击 这里
Ainda hoje fico espantado com a modernidade de algumas músicas dos Beatles. Recordações de uma conversa ouvida, mas bem antiga: "como é possível, o miúdo gostar deste tipo de música?". Resposta: "olhe que lá em Londres, a BBC passa todos os dias à mesma hora esta canção (A Day in the Life)".
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Espelhos/2
Se tiver dificuldade em ver, clique aqui
"Celebramos cada momento
dos nossos encontros como epifanias,
apenas nós os dois em todo o mundo.
Audaciosa e mais leve do que a asa de um pássaro,
pela escada abaixo, corrias com uma vertigem
através do lilás húmido até ao teu reino
escondido atrás do espelho.
Quando a noite chegava, a graça obsequiava-me,
as portas do santuários eram abertas.
Brilhando na noite, a tua nudez inclinava-se suavemente;
acordando, dizia:
"Bendita sejas!"
Era ousada a minha bênção: tu dormias.
E o lilás inclinava-se para ti através da mesa
para cobrir as tuas pálpebras com o azul universal;
as tuas pálpebras pintadas de azul
estavam calmas e a tua mão era quente.
E no cristal vi o pulsar dos rios,
montes fumegando e mares bruxuleantes;
segurando na tua mão aquela esfera cristal,
adormecias no teu trono.
E - Deus seja louvado! - tu eras minha.
Acordando, tu transformavas
o vocabulário corrente dos humanos
até a sua linguagem ser plena e a palavra "tu"
revelar novos significados: significava rainha.
Tudo no mundo era diferente,
mesmo as coisas mais simples - o jarro, a bacia -
enquanto a água sólida, estratificada, fluía entre nós,
como uma sentinela.
Fomos levados sabe-se lá para onde.
Diante de nós foi aberta, como numa miragem,
cidades de encanto construídas,
a hortelã espalhava-se aos nossos pés,
pássaros viajam connosco,
peixes saudavam-nos do rio,
os céus aos nossos olhos se rasgavam...
Enquanto, atrás de nós, todo o tempo se tornava destino,
como um louco brandindo uma lâmina em riste."
Poema de Arseny Tarkovsky (o pai de Tarkovsky, já citado em Janeiro de 2005; a voz que se ouve no filme é a do próprio pai do realizador). Ainda não me foi possível encontrar a imagem que queria do Stalker, conforme me pediu a Helena, mas a referência feita pela Carocha em "Espelhos" levou-me a fazer este novo.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
Apfelstrudel
Quando estava ontem no bar Moinho Dom Quixote, decidi experimentar um dos meus bolos favoritos: Apfelstrudel (literalmente um "turbilhão de maçã"). Volto-me para a empregada e peço-lhe: "pode-me trazer um Apfelstrudel quente?". Ela pergunta-me (melhor dizendo, o que eu julgo ouvir): "quer congelado?" Fico em pânico e respondo meio apressado, meio apatetado: "não, não..." ( o "não" é geralmente, nesta situações, mais prudente). Claro que depois me desmanchei a rir com a minha patetice crónica...
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
Dom Quixote
Um óptimo sítio para passar o dia. Claro que é o bar Moinho Dom Quixote e fica ali para a Azóia, mesmo perto do Cabo da Roca. E tem uma vantagem: não é possível encontrarmos naquele local uma tal Assunção Cabral do jornal Sol...
domingo, 18 de fevereiro de 2007
Lady in the Water
Saiu finalmente em DVD o último filme de M. Night Shyamalan, Lady in the Water. É inegavelmente o seu filme mais controverso, amado por uns, odiado por outros. E a razão de tanta controvérsia é simples de explicar. O realizador decidiu intencionalmente apostar numa situação absurda, a saber, cruzar literalmente dois mundos antagónicos: o mundo mágico e infantil, onde existem ninfas do mar (narfs) e águias redentoras, e o mundo mais banal e cinzento da nossa vida quotidiana. Encontram uma crítica interessante ao filme no blog Mulholland drive. A Apple disponibilizou alguns trailers desta obra cinematográfica. Para os ver clique aqui.
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sábado, 17 de fevereiro de 2007
Reflexões sobre um cubo
O blog Botinhas, inspirado pelo seu homónimo latino (tosse...), decidiu sugerir que eu comprasse este modelo de cubo Rubik. Em vez das 6 cores tradicionais, apenas uma: um branco omnipresente. Diga-se que tem algumas vantagens: posso assim candidatar-me às "olimpíadas Rubik" e vencê-las num piscar de olhos (talvez até em menos tempo...); é esteticamente mais bonito do que os tradicionais (e fica muito bem junto aos Macs e iPods); por outro lado, como diz a apresentação deste modelo, permite-nos reflectir sobre o vazio constitutivo de todas as entidades, assim como dotar-nos da responsabilidade moral de escolhermos a nossa própria solução para os problemas da vida. Acrescentaria ainda um ponto: se a realidade se reduzisse a uma única instância, o que se poderia fazer com ela? Será que a nossa tendência natural para pensarmos que a unicidade é a chave racional de todas as questões - que nos leva, por exemplo, a privilegiar instintivamente o monoteísmo em face do politeísmo pagão - é uma crença justificada? E as soluções alternativas: o que se pode fazer com um Rubik a duas cores (estilo sequência digital 0/1 ou, na sua vertente oriental, yin e yang)? E com quatro cores (por exemplo com os quatro nucleótidos da sequência do ADN, a saber, Guanina, Adenina, Timina, Citosina - mnenmónica, GATACA)? As combinações podem ser mesmo muitas, mas apenas são úteis enquanto instruções de um código... Daí que a solução de Espinosa ainda me pareça a mais racional e a mais feliz: uma única substância e um número infinito de atributos. Daí ficar à espera de um Rubik com um número infinito de cores... mas, para já, não me importava de ter um assim ;-) Ao que parece custa apenas algo equivalente a uns 20 euros....
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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007
Espelhos
Se não conseguir ver o vídeo, clique aqui.
Cena do filme autobiográfico de Tarkovsky, Espelho (Zerkalo) em que, num primeiro momento, se retratam momentos cruciais da infância do personagem central (Alexei), assim como um estranho sonho sobre o desabar simbólico da casa materna; numa segunda parte, Alexei fala ao telefone com a mãe (Maria). Constante jogo de espelhos, em que o mais evidente é a "dupla imagem" da mãe (na juventude e na velhice). Por sua vez, o reflexo de Maria é indissociável da mulher (Natália) de Alexei.
O Espelho é, sem dúvida, o filme mais poético de Tarkovsky e se precisar de um guião nada melhor do que este:
Mirror
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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
A entrevista de Susan Neiman em vídeo
Podem agora ver em vídeo a entrevista de Susan Neiman citada no último post. Cliquem aqui. Quando acederem ao site, basta clicarem no "watch the video".
Susan Neiman
Clique aqui . Entrevista a Susan Neiman por Bill Moyers sobre a experiência do mal no mundo contemporâneo.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
O Trolley e as acções de duplo efeito
O blog Kitschnet citou, no seu último post (9 de Fevereiro), o psicólogo norte-americano Joshua D. Green e a sua reinterpretação neuroética do problema filosófico do "Trolley" ("carro eléctrico", numa tradução livre).
Esse problema foi formulado, pela primeira vez, pela filósofa britânica Philippa Foot no seu artigo "The Problem of Abortion and the Doctrine of the Double Effect" (Virtues and Vices, Oxford, Blackwell, 1978). A questão foi retomada intensivamente pela filósofa norte-americana do MIT Judith Jarvis Thomson.
Qual é o problema?
Um carro eléctrico move-se descontrolado numa linha. No seu caminho estão cinco pessoas a trabalhar e essas pessoas vão certamente morrer. Só que você, no limite, pode desviar o carro eléctico para uma outra linha onde se encontra apenas uma pessoa. Acha que deve desviar o carro eléctrico?
Utilizemos uma ilustração de Joshua Green:
A grande maioria das pessoas não hesitaria em responder que sim.
Agora imagine-se a variante pensada por Judith Jarvis Thompson:
Um carro eléctrico move-se descontroladamente em direcção a cinco pessoas. Você está numa ponte por cima da linha onde se encontra igualmente outra pessoa, bem gordinha. A única hipótese razoável de parar o carro eléctrico é empurrar o gordo de forma a que ele caia na linha, abrandando o movimento do carro e salvando as outras cinco pessoas. Acha que deve empurrá-lo e, assim, matá-lo?
Novamente uma imagem de Joshua Green:
Aqui as posições dividem-se. Umas pessoas dizem que sim; a maioria diz que não. E, no entanto, o problema ético é o mesmo. A única diferença é que, no primeiro caso, a acção é feita à distância, sem contacto com a vítima; no segundo caso, pode-se dizer que há um "toque pessoal"...
Através de várias experiências, Joshua Green mostrou que as áreas do cérebro que se activam, no primeiro caso, são diferentes das do segundo. E a razão é simples: a decisão no segundo caso desperta emoções muito mais fortes do que no primeiro.
Poder-se-á concluir que as nossas decisões morais não são habitualmente racionais (apesar de nós pensarmos que sim), mas apenas fundadas nos diferentes contextos afectivos? E, se é assim, não deveriam basear-se em critérios éticos racionais?
Mas observemos uma terceira variante do caso, descrita por Philippa Foot:
Um médico pode salvar cinco doentes terminais transplantando cinco órgãos de uma pessoa saudável. Pode fazê-lo, sem o consentimento desta última?
Em termos racionais, não vejo grande diferença em relação aos dois casos anteriores, mas quase todos nós rejeitaríamos moralmente esta hipótese...
Como sair deste impasse? Embora Joshua Green pareça, no limite, inclinar-se para uma solução utilitarista, relembro a intenção de Philippa Foot: mostrar que as soluções utilitaristas (uma acção é correcta quando aumenta o bem para o maior número possível de pessoas) e dentológicas (uma acção é correcta quando respeita a dignidade pessoal) são sempre soluções possíveis, mas limitadas. Segundo ela, precisamos de uma nova teoria ética, a que ela designou, na linha de Anscombe, ética das virtudes.
Esse problema foi formulado, pela primeira vez, pela filósofa britânica Philippa Foot no seu artigo "The Problem of Abortion and the Doctrine of the Double Effect" (Virtues and Vices, Oxford, Blackwell, 1978). A questão foi retomada intensivamente pela filósofa norte-americana do MIT Judith Jarvis Thomson.
Qual é o problema?
Um carro eléctrico move-se descontrolado numa linha. No seu caminho estão cinco pessoas a trabalhar e essas pessoas vão certamente morrer. Só que você, no limite, pode desviar o carro eléctico para uma outra linha onde se encontra apenas uma pessoa. Acha que deve desviar o carro eléctrico?
Utilizemos uma ilustração de Joshua Green:
A grande maioria das pessoas não hesitaria em responder que sim.
Agora imagine-se a variante pensada por Judith Jarvis Thompson:
Um carro eléctrico move-se descontroladamente em direcção a cinco pessoas. Você está numa ponte por cima da linha onde se encontra igualmente outra pessoa, bem gordinha. A única hipótese razoável de parar o carro eléctrico é empurrar o gordo de forma a que ele caia na linha, abrandando o movimento do carro e salvando as outras cinco pessoas. Acha que deve empurrá-lo e, assim, matá-lo?
Novamente uma imagem de Joshua Green:
Aqui as posições dividem-se. Umas pessoas dizem que sim; a maioria diz que não. E, no entanto, o problema ético é o mesmo. A única diferença é que, no primeiro caso, a acção é feita à distância, sem contacto com a vítima; no segundo caso, pode-se dizer que há um "toque pessoal"...
Através de várias experiências, Joshua Green mostrou que as áreas do cérebro que se activam, no primeiro caso, são diferentes das do segundo. E a razão é simples: a decisão no segundo caso desperta emoções muito mais fortes do que no primeiro.
Poder-se-á concluir que as nossas decisões morais não são habitualmente racionais (apesar de nós pensarmos que sim), mas apenas fundadas nos diferentes contextos afectivos? E, se é assim, não deveriam basear-se em critérios éticos racionais?
Mas observemos uma terceira variante do caso, descrita por Philippa Foot:
Um médico pode salvar cinco doentes terminais transplantando cinco órgãos de uma pessoa saudável. Pode fazê-lo, sem o consentimento desta última?
Em termos racionais, não vejo grande diferença em relação aos dois casos anteriores, mas quase todos nós rejeitaríamos moralmente esta hipótese...
Como sair deste impasse? Embora Joshua Green pareça, no limite, inclinar-se para uma solução utilitarista, relembro a intenção de Philippa Foot: mostrar que as soluções utilitaristas (uma acção é correcta quando aumenta o bem para o maior número possível de pessoas) e dentológicas (uma acção é correcta quando respeita a dignidade pessoal) são sempre soluções possíveis, mas limitadas. Segundo ela, precisamos de uma nova teoria ética, a que ela designou, na linha de Anscombe, ética das virtudes.
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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Até parecia que tinha asas...
sábado, 10 de fevereiro de 2007
Saturday Morning Fever
Se tiver dificuldades em ver/ouvir clique aqui
"Out here in the fields
I fight for my meals
I get my back into my living
I don't need to fight
To prove I'm right
I don't need to be forgiven
Don't cry
Don't raise your eye
It's only teenage wasteland
Sally ,take my hand
Travel south crossland
Put out the fire
Don't look past my shoulder
The exodus is here
The happy ones are near
Let's get together
Before we get much older
Teenage wasteland
It's only teenage wasteland
Teenage wasteland
Oh, oh
Teenage wasteland
They're all wasted!"
Baba O'Riley, música do conjunto britânico The Who. O título da canção baseia-se no filósofo indiano Meher Baba e no compositor minimalista Terry Riley (o autor do In C). O poema desta canção seria impensável sem a obra The Waste Land de T.S. Eliot, e o filme é uma homenagem à série Dr.House e ao actor Hugh Laurie.
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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
Fogo
Para obter uma resolução de alta definição desta imagem clique aqui.
By the way, alguém sabe algo sobre a mahapralaya (grande dissolução)? Já tenho a terra desolada, o fogo da guerra e a flor de lótus no ventre da mulher de Abhimanyu. Mas falta-me o passo anterior: o dilúvio. Será que a história de Manu (o Noé indiano) é suficiente? "The little fish asked the king to save it, and kept growing bigger and bigger. It also informed the King of a huge flood which would occur soon. The King builds a huge boat, which houses the fish and his family and other seeds of animals to repopulate the earth." No Anel de Wagner, tudo é claro, desde o fogo do Valhala até às águas do Reno.
sábado, 3 de fevereiro de 2007
Noli me tangere
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Quadro de Agnolo Bronzino, pintor florentino (1503-1572), onde se retrata uma das cenas mais intrigantes do Novo Testamento. Quando Jesus ressuscita, Maria Madalena aproxima-se dele, mas Cristo diz-lhe: "não me toques" (Jo, 20:17). Esta frase é bem intrigante, pois antecede o momento em que São Tomé toca as suas feridas ("ver para crer"). Deste modo, muitos tradutores, preferem dar um sentido figurado à frase e traduzi-la por "não me retenhas". Pensando bem, diria que a emenda é pior do que o soneto... Na pintura renascentista, o noli me tangere tornou-se um tema privilegiado.
Já agora, Agnolo Bronzino
é conhecido como "bronzino" por causa do seu semblante carregado (de bronze). Certamente deveria ter muitas preocupações na corte dos Médici e, deste modo, ficou com coração de bronze (talvez o mesmo do Príncipe Feliz de Oscar Wilde). Mas essa é uma outra história...
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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
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