segunda-feira, 30 de junho de 2008
Suprematismo
Fotografia de moogibang.
Poderia ser um "quadrado azul sobre um fundo azul" ou então a inveja de Yves Klein.
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domingo, 29 de junho de 2008
sábado, 28 de junho de 2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Vote
Dia histórico em função da decisão do Parlamento espanhol em conferir direitos humanos aos grandes símios.
Participe no inquérito que o jornal Guardian está a realizar sobre este assunto. Vote AQUI.
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quarta-feira, 25 de junho de 2008
Caravaggio
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Um dos auto-retratos mais estranhos na história da pintura. Caravaggio representa-se a si mesmo nesta cabeça degolada de Golias sob o olhar triunfador de David. É um facto que Caravaggio, o célebre pintor barroco, tinha a sua cabeça a prémio na cidade de Roma...
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terça-feira, 24 de junho de 2008
segunda-feira, 23 de junho de 2008
domingo, 22 de junho de 2008
A Tília
O blog Diz que não gosta de música clássica? tem vindo a publicar calmamente o ciclo de canções de Schubert, Winterreise (Viagem de Inverno). Uma das canções mais belas do Winterreise é "A Tília" (Der Lindenbaum). Trata-se de um dos poucos casos em que um tema musical clássico se tornou numa canção popular (Volkslied). O autor do blog em questão (Fernando Vasconcelos) não só apresenta uma tradução portuguesa do poema de Wilhelm Müller utilizado por Schubert, como faz referência a uma interpretação muito heterodoxa desta canção. Trata-se da versão da grande cantora grega Nana Mouskouri. É uma interpretação muito bela e original que, como alguém disse algures, apetece estar sempre a ouvir. Pode parecer um lugar-comum, mas ouve-se a "Alemanha" nesta canção. Mas ouve-se também a morte... Thomas Mann, na Montanha Mágica, mostra-nos, quase no final do romance, como a Tília sugere a Hans Cartorp a morte, para lá da sua beleza. Quando li essa passagem pensei apenas que o escritor mais uma vez sublinhava a relação central entre a cultura e a morte, um dos temas centrais do seu pensamento. Agora ao confrontar-me com os versos do poema - que reproduzo na tradução referida - percebo como A Tília é, no essencial, um Canto das Sereias que, como um sortilégio, nos parece convocar para a paz da morte nos momentos de maior aflição.
A Tília
Junto ao poço do portão
ergue-se uma tília;
quantos sonhos doces
embalei à sua sombra.
Em seu tronco gravei
muitas palavras de amor;
na dor e na alegria
para ela sempre corri.
Hoje passei por ela
no meio da noite profunda
e mesmo na escuridão
tive que fechar os olhos.
E seus galhos sussurravam
como se me chamassem:
"Venha para cá, amigo,
aqui encontrará a paz".
Os ventos frios sopravam
na minha face,
o chapéu voou-me da cabeça,
mas não me voltei para trás.
Agora estou a muitas horas
de distância daquele lugar
mas continuo a ouvir o sussurro:
"Aqui você encontrará a paz !"
Der Lindenbaum
Am Brunnen vor dem Tore,
Da steht ein Lindenbaum,
Ich träumt' in seinem Schatten
So manchen süßen Traum.
Ich schnitt in seine Rinde
So manches liebe Wort,
Es zog in Freud' und Leide
Zu ihm mich immer fort
Ich mußt' auch heute wandern
Vorbei in tiefer Nacht
Da hab' ich noch im Dunkel
Die Augen zugemacht.
Und seine Zweige rauschten,
Als riefen sie mir zu:
Komm her zu mir, Geselle
Hier find'st du deine Ruh'!
Die kalten Winde bliesen
Mir grad' ins Angesicht,
Der Hut flog mir vom Kopfe,
Ich wendete mich nicht.
Nun bin ich manche Stunde
Entfernt von diesem Ort,
Und immer hör' ich's rauschen:
Du fändest Ruhe dort!
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sábado, 21 de junho de 2008
O Romance de Genji
Iniciou-se, finalmente, a tradução portuguesa de um dos clássicos da literatura mundial: O Romance de Genji (Genji Monogatari) da escritora japonesa do século XI, conhecida como Murasaki Shikibu ou Dama Murasaki. Esta história japonesa é considerada por muitos como o primeiro romance da história da literatura ou, pelo menos, como sendo o primeiro romance psicológico. Cito algumas das opiniões sobre esta narrativa, referidas na edição portuguesa: "um dos grandes clássicos" (W.B. Yeats); "nunca se escreveu nada de melhor, em nenhuma literatura" (Yourcenar); "depois de se ler Murasaki, nunca mais se sentirá de igual maneira o amor ou a paixão. Ela é o génio do desejo e nós os seus aprendizes" (Harold Bloom); "somente comparável aos grandes clássicos ocidentais como Cervantes ou Balzac" (Octavio Paz). A narrativa dos amores do príncipe Genji nunca tem fim nesta história, ficando a questão de saber se esta ausência de um fim narrativo foi ou não intencional. A edição portuguesa que, neste momento, apenas ainda contempla a chamada "Primeira Época" (33 capítulos) é da responsabilidade da Editora Êxodus/7 Dias e 6 Noites, sendo a tradução de Lígia Malheiro. A capa é um encanto e foi criada por Osamu Tatematsu.
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sexta-feira, 20 de junho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Bloomsday
domingo, 15 de junho de 2008
Metamorfoses
"Trabalha-se tão exageradamente no emprego que, depois, até se está demasiado cansado para gozar bem as suas férias. Mas, por muito que se trabalhe, ainda não se obtém o direito de ser tratado por todos com carinho; pelo contrário, está-se só, inteiramente ignorado e mero objecto de curiosidade. E enquanto disseres a gente (man) em vez de eu (ich), isso não é nada e pode-se recitar essa história, mas assim, que confessares a ti que és tu próprio, então, és autenticamente trespassado e ficas aterrorizado… Mas se eu próprio distingo entre a gente (man) e eu (ich), como posso, depois queixar-me dos outros? Talvez eles não sejam injustos, mas estou cansado de mais para me dar conta de tudo. …
Não posso fazer como sempre fazia em criança ante tarefas perigosas? Não preciso sequer de ir eu próprio ao campo, isso não é necessário. Mando o meu corpo vestido. Se ele vacilar a caminho da porta do meu quarto, o seu vacilar não revela medo, mas a sua nulidade. Também não é aflição se ele tropeçar na escada, se for para o campo a soluçar e se lá comer a chorar a sua ceia. Pois eu, eu estou, entretanto, deitado na minha cama, bem tapado com uma manta amarelo-acastanhada, exposta ao ar que sopra através do quarto pouco aberto.
Tenho, quando estou deitado na cama, a forma duma grande carocha, duma vaca-loira ou de um besouro, creio eu. ...
De uma carocha de grande tamanho, sim. E depois fazia como se se tratasse de uma hibernação e encostava as minhas perninhas ao meu corpo abaulado. E sussurro um pequeno número de palavras, que são instruções para o meu triste corpo, o qual se encontra mesmo junto de mim e está curvado. Em breve, acabarei – ele inclina-se, vai-se embora suavemente e executará tudo da melhor maneira, enquanto eu descanso."
Kafka, Preparativos de Noivado no Campo
sábado, 14 de junho de 2008
Friends
Se tiver dificuldades em ver ou ouvir, clique AQUI.
Uma das sitcoms americanas mais divertidas de todos os tempos. O seu último episódio foi visto por mais de 50 milhões de espectadores, só nos Estados Unidos. É também incontável o número de prémios Emmys que recebeu ao longo da sua carreira de 10 anos (1994-2004).
sexta-feira, 13 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Fugiu?
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Estive a visitar o site de um dos meus museus preferidos: o Museu Nacional de Arte Antiga. Ora, por mais que procurasse, não encontrei um dos meus quadros favoritos: o Ecce Homo de um pintor português anónimo do século XV. Mas aqui fica uma reprodução dele!
P.S. Smo, julgo que não é possível alterar um questionário depois de alguém ter votado. Mas já é possível ver tendências na votação.... ;-) Repara que a pergunta é bem diferente da anterior.
Aproveito esta oportunidade para corrigir um nome: Arnaut Daniel (e não Arnaut, Daniel), considerado por Dante como "il miglior fabbro"
quarta-feira, 11 de junho de 2008
And the winner is...
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... "Crime e Castigo" de Dostoievsky, considerado pelos leitores do Expresso do Oriente como o melhor romance de todos os tempos. Obteve 36% de votos, mas foi uma vitória tangencial. O "Dom Quixote" de Cervantes ficou em segundo lugar com 33%. Em terceiro lugar, o romance "Cem Anos de Solidão" de Gabriel García Marquéz com 25% de votos. É interessante o facto do "Werther" de Goethe e a "Anna Karenina" de Tolstoi não terem obtido um único voto... O suicídio, como tema literário, tem altos e baixos, por razões que ignoro.
E agora convido-vos a participar num novo inquérito: poesia. Nem imaginam como foi difícil fazer uma selecção minimamente apresentável. Por várias razões: não é nada fácil definir o que é uma obra de poesia; em segundo lugar, são poucos os grandes escritores que não escreveram óptima poesia (o facto de alguns não terem escrito não os torna menores...); contrariamente ao romance, a poesia tem uma história muito longa.
Decidi assim fazer uma dupla selecção: em primeiro lugar, os grandes textos poéticos tradicionais que, na maioria dos casos, são epopeias anónimas e obras religiosas (o Kalevala, recentemente traduzido para português, vem no fim porque me esqueci dele):, em segundo lugar, os nomes de grandes poetas (sem seleccionar uma determinado poema ou obra). E agora votem! Não acredito que nesta lista não encontrem o vosso poeta favorito! Como habitualmente, podem sempre votar em várias hipóteses. Se não encontrarem o poeta de eleição têm sempre a hipótese: "Other" (está no final da lista)!!!
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terça-feira, 10 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Elizabeth Siddal
Elizabeth Siddal (1829-1862), a jovem modelo do pintor Dante Gabriel Rossetti que faleceu com 33 anos ao tomar uma dose excessiva de láudano. Um dos encantos da pintura da escola pré-rafaelita é a conjugação perfeita da espiritualidade medieval com o mundo secular oitocentista. Realiza, assim, um dos grandes ideais do romantismo, ao mesmo tempo que anuncia os chamados "tempos modernos". O êxito desta escola, para lá dos seus méritos intrínsecos, deve muito a Ruskin.
Um pormenor da pintura de Rossetti:
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domingo, 8 de junho de 2008
Rossetti
sábado, 7 de junho de 2008
Frankfurt
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Se ainda se recordam de uma fotografia similar de Heidelberg, a bicicleta é um objecto muito popular na Alemanha. Isto faz-me lembrar que está na altura de comprar uma. O problema - para quem não tem garagem - é onde pô-la... A "solução Seinfeld" (pendurá-la na parede) nunca me pareceu particularmente elegante. Claro que há sempre bicicletas "tipo Clive Sinclair" (o do ZX Spectrum e do Z88), mas algo me diz - apesar de ser desdobrável e pesar apenas 5 quilos - que não me estou a ver a andar numa!
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sexta-feira, 6 de junho de 2008
6 de Junho
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Como o Google, também hoje celebro o nascimento do pintor espanhol Diego Valásquez.
Nasceu a 6 de Junho de 1599 em Sevilha. Julgo, no entanto, que poucas pessoas sabem que a sua família era de origem portuguesa.
O melhor comentário do quadro que apresento continua a ser - na minha opinião, naturalmente - o texto introdutório de Michel Foucault da obra As Palavras e as Coisas. Confesso que a leitura deste texto teve um papel crucial na minha decisão em tirar um curso de Filosofia.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Nuremberga #10
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Não pensem que perdi o Flocke quando fui visitar Nuremberga (Nürnberg). Nem eu nem os milhares visitantes que ocorrem para ver essa pequena pérola viva da cidade das Nornas (Nuremberga significa a "montanha das Nornas" - estas, segundo a mitologia germânica, fiavam o nosso destino junto de um dos poços que alimentam as raízes da árvore da vida; para os mais distraídos, as Nornas surgem no início do Crepúsculo dos Deuses de Wagner).
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terça-feira, 3 de junho de 2008
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