terça-feira, 27 de janeiro de 2009
New York
Clique na fotografia para a ver em boas dimensões.
Donde provém esta beleza tão única do que é artificial? Não me estou a referir aos "paraísos artificiais" de Baudelaire (que sabemos serem sonhos tornados pesadelos), mas ao fascínio que o artificial, puro e simples, suscita em nós. A razão talvez esteja no facto do "artificial puro e simples" ser, na verdade, um mito. Afinal, o movimento do pêndulo dos relógios é tão natural como um prado campestre! Ao olharmos para esta fotografia talvez consigamos esquecer a cidade e vermos formas, cruzamentos naturais de linhas e cores...
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Leonard Cohen
"A lot of those songs were the response to what struck me a beauty, whatever that curious emanation from a being, or an object, a situation, or a landscape. You know, that had a very powerful effect on me, as it does on everyone. And I prayed to have some response to the things that were so clearly beautiful to me, and they were alive. "
Leonard Cohen, no vídeo “I’m Your Man"
"You run through your top ten erotic fantasies, ambition fantasies, revenge fantasies, global ratification fantasies. You run through them all until you bore yourself to death, basically, and the faculty that produces opinions and snap judgments and dunrealistic scenarios for your own prominence, after you run through them for a number of years, they cease to have charge. They bore themselves into non-existence. You see them as versions from another kind of intimacy that you become more interested in–and that is what Socrates said: Know Thyself"
Entrevista a Leonard Cohen por Sarah Hampson (Shambala Sun)
domingo, 25 de janeiro de 2009
Hoje faz anos...
Virginia Woolf nasceu a 25 de Janeiro de 1882.
E para celebrar transcrevo um conto dela que encontrei no Facebook.
A HAUNTED HOUSE
Whatever hour you woke there was a door shunting. From room to room they went, hand in hand, lifting here, opening there, making sure--a ghostly couple.
"Here we left it," she said. And he added, "Oh, but here too!" "It's upstairs," she murmured. "And in the garden," he whispered "Quietly," they said, "or we shall wake them."
But it wasn't that you woke us. Oh, no. "They're looking for it; they're drawing the curtain," one might say, and so read on a page or two. "Now they've found it," one would be certain, stopping the pencil on the margin. And then, tired of reading, one might rise and see for oneself, the house all empty, the doors standing open, only the wood pigeons bubbling with content and the hum of the threshing machine sounding from the farm. "What did I come in here for? What did I want to find?" My hands were empty. "Perhaps it's upstairs then?" The apples were in the loft. And so down again, the garden still as ever, only the book had slipped into the grass.
But they had found it in the drawing room. Not that one could ever see them. The window panes reflected apples, reflected roses; all the leaves were green in the glass. If they moved in the drawing room, the apple only turned its yellow side. Yet, the moment after, if the door was opened, spread about the floor, hung upon the walls, pendant from the ceiling--what? My hands were empty. The shadow of a thrush crossed the carpet; from the deepest wells of silence the wood pigeon drew its bubble of sound. "Safe, safe, safe," the pulse of the house beat softly. "The treasure buried; the room. . ." the pulse stopped short. Oh, was that the buried treasure?
A moment later the light had faded. Out in the garden then? But the trees spun darkness for a wandering beam of sun. So fine, so rare, coolly sunk beneath the surface the beam I sought always burnt behind the glass. Death was the glass; death was between us; coming to the woman first, hundreds of years ago, leaving the house, sealing all the windows; the rooms were darkened. He left it, left her, went North, went East, saw the stars turned in the Southern sky; sought the house, found it dropped beneath the Downs. "Safe, safe, safe," the pulse of the house beat gladly. "The Treasure yours."
The wind roars up the avenue. Trees stoop and bend this way and that. Moonbeams splash and spill wildly in the rain. But the beam of the lamp falls straight from the window. The candle burns stiff and still. Wandering through the house, opening the windows, whispering not to wake us, the ghostly couple seek their joy.
"Here we slept," she says. And he adds, "Kisses without number." "Waking in the morning--" "Silver between the trees--" "Upstairs--" "In the garden--" "When summer came--" "In winter snowtime--" The doors go shutting far in the distance, gently knocking like the pulse of a heart.
Nearer they come; cease at the doorway. The wind falls, the rain slides silver down the glass. Our eyes darken; we hear no steps beside us; we see no lady spread her ghostly cloak. His hands shield the lantern. "Look," he breathes. "Sound asleep. Love upon their lips."
Stooping, holding their silver lamp above us, long they look and deeply. Long they pause. The wind drives straightly; the flame stoops slightly. Wild beams of moonlight cross both floor and wall, and, meeting, stain the faces bent; the faces pondering; the faces that search the sleepers and seek their hidden joy.
"Safe, safe, safe," the heart of the house beats proudly. "Long years--" he sighs. "Again you found me." "Here," she murmurs, "sleeping; in the garden reading; laughing, rolling apples in the loft. Here we left our treasure--" Stooping, their light lifts the lids upon my eyes. "Safe! safe! safe!" the pulse of the house beats wildly. Waking, I cry "Oh, is this your buried treasure? The light in the heart."
sábado, 24 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Olhar E.T.
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Numa primeira análise, é um nascer do Sol como outro qualquer. Mas, apesar de ser uma simples fotografia a preto e branco, tem um encanto especial. Foi tirada no planeta Marte... faz-nos bem relativizar e obter aquilo a que Lévi-Strauss chamava um "olhar distanciado".
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
domingo, 18 de janeiro de 2009
sábado, 17 de janeiro de 2009
Utah
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Fotografia de reflexos aquáticos numa rocha no Glen Canyon em Utah (Estados Unidos). A fotografia é do celebérrimo fotógrafo da natureza, Frans Lanting, tirada para a National Geographic.
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terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Golfe
Este antigo anúncio mostra bem como era misógina e idiota a interpretação comum da palavra golf como sendo o acrónimo de "gentlemen only ladies forbidden". A raiz da palavra é provavelmente holandesa, derivada de kolf que significa taco. Já agora, o Bovril é uma bebida horrível, tipo chá de carne de vaca, muito utilizada pelas tropas napoleónicas e pelos escoceses. Mas não se pode pedir mais a quem come caracóis, patas de rã e bebe, como é o caso dos escoceses, cerveja quente... Sobre os perigos da cerveja quente, conferir AQUI.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
O Bando dos 4
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Next
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Baseado numa história de Philip K. Dick (The Golden Man), o filme Next aborda questões bem interessantes do ponto de vista da nossa relação com o tempo. Diga-se que, apesar de ter excelentes actores e um óptimo argumento, o filme falha esteticamente, i.e. em termos formais. Mas as múltiplas questões filosóficas que levanta são, a meu ver, relevantes em si mesmas. Todos nós conhecemos as aporias das viagens no tempo quando o que está em causa é o passado. Afinal, eu poderia voltar ao passado e matar os meus pais antes de nascer... se o fizesse como poderia ter surgido como surgi? Mas ninguém nega que não se possam fazer viagens mentais ao passado. Chama-se a isso memória! E em relação ao futuro? Estamos constantemente a prever o desenlace dos nossos actos, mesmo quando procuramos encadear num discurso uma frase. Se nos fosse possível viajar no futuro, então isso significaria que para o comuns dos mortais (aqueles que não tinham essa possibilidade) os eventos futuros já estavam determinados (o que é contra-intuitivo em relação ao jogo de probabilidades que se dá numa mera escolha). Mas existirá uma "memória" do futuro? Será que é credível o visionamento do futuro, mesmo que não se possa viajar nele? Mesmo que seja por dois minutos, como era o caso do personagem central do filme? Esta obra cinematográfica foi realizada por Lee Tamahori e tem nos principais papéis Nicolas Cage - que todos nós esquecemos que é sobrinho de Francis Ford Coppola - Jessica Biel - que todos nós esquecemos que tem origem ameríndia - e Julianne Moore - que todos nós conhecemos de algum lado, dada a quantidade de filmes em que participou.
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
Hamlet em terras chinesas
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Não estava com grandes expectativas em relação ao filme chinês, Inimigos do Império. Num primeiro momento, pensei que iria assistir a mais um épico com artes marciais. Mas, à medida que ia vendo o filme, a história parecia-me estranhamente familiar: um príncipe triste e ensimesmado, um tio que usurpou o poder, uma mãe que casa com o novo senhor, uma amada meio louca, uma representação teatral da própria história visionada pelos principais personagens desta obra, numa palavra, Hamlet. Diga-se que este filme de 2006, parece ter tantos títulos como os países em que é visionado: The Banquet em Inglaterra, The Legend of Black Scorpions nos Estados Unidos e Inimigos do Império em Portugal. O filme foi realizado por Xiaogang Feng e tem nos principais papéis a célebre actriz Zihi Zhang, You Ge, Daniel Wu e Xun Zhou. A música é da responsabilidade do grande compositor chinês Tan Dun.
Clique AQUI se tiver a ter dificuldades em ver ou ouvir.
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sábado, 3 de janeiro de 2009
John Lennon
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