sexta-feira, 28 de abril de 2006

Gato de Cheshire


O sorriso deste gato faz as delícias de qualquer reflexão. Como se recordam, nas aventuras da Alice no País das Maravilhas, o gato não só tinha o hábito de aparecer e desaparecer subitamente, como muitas vezes deixava para trás o seu sorriso. Para muitos, isto é apenas mais um sinal do universo delirante de Lewis Carroll. Mas, mais uma vez, o escritor inglês coloca-nos questões bem difíceis, como seja a da relação entre os predicados e as entidades. O que é uma entidade sem predicados? Será possível existirem predicados sem que ninguém os possua? Será possível imaginar um mundo em que os predicados andem por aí à solta à espera de serem apanhados? E por quem? Qualquer que seja a resposta, uma coisa é certa: ficamos sempre com o belo predicado que é o sorriso do Gato de Cheshire...

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