quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Até para o ano...


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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Aqui há gato...



... ou será antes "aqui há cão"? Mistérios da natureza num novo documentário da National Geographic.
Como a natureza nos mostra que somos intrinsecamente iguais apesar das aparentes diferenças!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Van Dog


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domingo, 28 de dezembro de 2008

Sena


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Quadro de Paul Signac (1863-1935) intitulado "La Siene à Herblay" (1889).

sábado, 27 de dezembro de 2008

Preljocaj em Lisboa



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Angelin Preljocaj e a sua companhia de dança interpretam esta noite em Lisboa "Branca de Neve", com música de Mahler, no CCB.

Inclinação


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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Viana do Castelo - um exemplo

"Depois da contestação inicial por parte dos aficionados, o fim das touradas em Viana do Castelo afigura-se, afinal, como uma das medidas "mais populares" do autarca socialista que lidera a câmara local desde 1993. A revelação foi feita ontem pelo próprio Defensor Moura, dando conta de que desde que a autarquia anunciou a compra da Praça de Touros para reconverter o espaço em museu foi "inundada" por mensagens de felicitações de todo o mundo.
" "Nunca tomei uma medida tão popular, internacionalmente. São mais de mil e-mails que recebemos de todo o mundo felicitando pelo fim das touradas", anunciou o socialista. Durante mais de um século, a tourada esteve intimamente ligada a Viana do Castelo, o que agora acabará com a compra, pela Câmara Municipal, da actual Praça de Touros. O objectivo passa por transformar o espaço num Museu de Ciência Viva, de forma a aproveitar a proximidade ao Parque Urbano, onde funciona o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental.

A compra será feita por 5127,74 euros e, reconheceu Defensor Moura, representará o fim das touradas em Viana do Castelo, tradição que remonta a 1871, com a instalação da primeira praça de touros, ainda de madeira, num outro local da cidade, já então integrada na Romaria da Senhora d'Agonia.

"Temos recebido mensagens de apoio, por Viana do Castelo ser uma cidade sem touradas", afirmou ainda, acrescentando: "No século XXI é uma atrocidade continuar a sacrificar animais em público daquela maneira", diz o autarca, sublinhando que a cidade não tem nenhuma tradição enraizada do género. "Não temos toureiros, forcados, touros ou cavalos", afirma."

Notícia da Associação Animal

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal



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Sakamoto tocando ao vivo o seu tema musical, "Merry Christmas, Mr. Lawrence"

Van Dog


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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Solstício de Inverno


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Já vou com dois dias de atraso, mas não quero deixar de celebrar o solstício de Inverno.
Provavelmente o dia mais festivo de sempre de toda a humanidade do hemisfério Norte, celebrado do Peru ao Japão.
Na Roma Antiga, celebrava-se, como se sabe, a 25 de Dezembro.
Fotografia de Martin Wainwright de Castlerigg em Inglaterra.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Angel-A


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Em termos de qualidade está a milhas de distância do Céu sobre Berlim de Wim Wenders, mas este filme de Luc Besson é encantador, comovente, com uma fotografia de Paris soberba (filme a preto e branco; a cores teria ficado horrível). Numa palavra: um belo filme sobre o dever de verdade em relação a nós próprios.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Cores


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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Vieira da Silva - Colóquio Internacional


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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

E o vencedor foi...



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...o filme de Akira Kurosawa, produzido por George Lucas e Francis Ford Coppola, Kagemusha ou A Sombra do Guerreiro (1980). Foi esta a escolha do júri do Expresso do Oriente, escolha que me surpreendeu - julgava que o filme era desconhecido, mas, também, surpreendido pelo facto de ter tido uma vitória triunfal, com quase o dobro dos votos. Sempre pensei que o Lawrence da Arábia ou o Senhor dos Anéis fosse considerado a melhor epopeia. Mas fiquei feliz com o resultado: 1º porque gosto muito do filme; 2º porque, mais do que um filme de guerra, é uma narrativa sobre o sentido da identidade pessoal; 3º porque tenho muito boas memórias dele - uma das melhores passagens de ano foi a ver este filme (se a memória não me falha no cinema Londres).
E assim já temos três vencedores e concorrentes ao melhor filme de sempre: Blade Runner, Os Pássaros, Kagemusha.
Brevemente iniciar-se-á uma nova votação: a melhor comédia.

Cores


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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Visões


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Um arco-íris mesmo ao seu lado...
Fotografia de *Madonna*

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Vieira


1908-2008

Van Dog


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domingo, 14 de dezembro de 2008

Pensar e Conhecer/Sentido e Verdade



"O grande obstáculo que a Razão (Vernunft) põe no seu próprio caminho ergue-se do lado do intelecto (Verstand) e do critério inteiramente justificado que este estabeleceu para os seus próprios propósitos, isto é, para matar a nossa sede e satisfazer a nossa necessidade de conhecimento e cognição. A razão pela qual nem Kant nem os seus sucessores prestaram alguma vez atenção ao pensar como uma actividade e ainda menos às experiências do eu pensante é que, a despeito de todas as distinções, estavam a exigir o género de resultados e a aplicar o género de critérios para a certeza e para a evidência que são os resultados e os critérios de cognição. Mas se é verdade que o pensar e a razão têm justificação para transcender os limites da cognição e do intelecto - justificados por Kant com o fundamento que as matérias com eles lidam, apesar de incognoscíveis, são do maior interesse espiritual para o homem - então o pressuposto deve ser que o pensar e a razão não estão interessados naquilo em que o intelecto está interessado. Antecipando e para ser breve: a necessidade da razão não é inspirada pela demanda de verdade, mas, sim, pela demanda de sentido. E verdade e sentido não são o mesmo. A falácia básica - que toma precedência sobre todas as falácias metafísicas específicas - é interpretar o sentido segundo o modelo da verdade." (Hannah Arendt, The Life of the Mind/ A Vida do Espírito).

sábado, 13 de dezembro de 2008

Sonhar (não) custa


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A Torre Eiffel neste Natal de 2008 em Paris.
Fotografia de V.S.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Castelo de Fadas


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Fotografia de George F. Mobley do castelo de Ludwig II (Neuschwanstein) na Baviera (Alemanha).

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

I Bienal de Pintura


"Cristo" de Alfredo Coelho.
I Bienal de Pintura no Centro de Exposições de Odivelas.
Para mais informações, clicar AQUI.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Van Dog


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domingo, 7 de dezembro de 2008

Azul


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Fotografia de uma cave de gelo na Baviera (Alemanha) publicada na National Geographic.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Direitos Humanos


Cartoon de Pedro Ribeiro Ferreira no seu blog(ue) Traços Gerais.

Dial M for Metaphysics


Seria certamente uma óptima prenda para o meu sapatinho de Natal, se não o tivesse já... em tradução portuguesa na Estrela Polar. Excelente livro sobre os filmes de Hitchcock e os problemas filosóficos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Avicena



Confesso que sei muito pouco sobre o Uzbequistão - nem sei mesmo se o nome está bem escrito, visto que, por vezes, já me deparei com "Usbequistão".
Calculo - mas posso estar redondamente enganado - que os leitores do Expresso do Oriente devem estar na mesma situação (com a excepção provável daqueles que já visitaram Tashkent, a capital do país ;)
Sei, no entanto, que o Uzbequistão já foi o centro de um enorme império, conquistado a ferro e fogo por um dos maiores tiranos da História - embora possuísse algum gosto estético - de nome Tamerlão (c.1336-1405) ou, na sua forma mais precisa, Timur (nome que significa literalmente "ferro"). A ele está associado a bela cidade de Samarcanda (embora não tenha sido ele a fundá-la; esta cidade - com um nome tão mágico - é uma cidades mais antigas do mundo).
Ora, numa localidade do Uzbequistão nasceu um dos maiores pensadores da humanidade, de nome Ibn Sina, mais conhecido no Ocidente por Avicena (980-1037).
Provavelmente os uzbeques mal o conhecem, pois a sua família era persa, sendo certamente considerado no Irão e no mundo islâmico, como um dos seus filhos mais ilustres. E não é por menos...
Avicena era uma autêntica enciclopédia viva, destacando-se como médico, astrónomo, químico, geólogo, lógico, matemático, filósofo, poeta, psicólogo, professor, político,... é melhor parar por aqui :) A ele se deve a descoberta do fenómeno da capilaridade cujos efeitos ainda são hoje bem visíveis na hidráulica e na destilação de substâncias químicas.
Conheço-o sobretudo como filósofo e como um dos grandes metafísicos, no qual se cruzaram influências neoplatónicas e aristotélicas. Vou tentar expor telegraficamente o seu principal argumento filosófico, cuja influência é bem conhecida em São Tomás de Aquino.

1. Do nada, nada pode surgir;
2. E, no entanto, existem por todo o lado "coisas" (entes).
3. Todas as coisas que presenciamos, a começar por nós, são contingentes.
4. Quando dizemos que são contingentes queremos dizer que essas "coisas" não existem por si e desaparecem no tempo.
5. Todos os seres contingentes existem necessariamente por outrem.
6. Mas esse outrem, no limite, não pode ser o nada, pois do nada, nada emerge.
7. Também, no limite, a origem última do que é contingente não pode ser uma coisa contingente porque senão seria dependente de outra (e assim por diante).
8. Logo, para lá da existência contingente, tem de haver uma existência necessária.
9. Quando falamos de realidade sem mais, queremos referir essa existência necessária.
10. Essa realidade é em si e por si, o que significa que existiu sempre.
11. Não podemos alguma vez pensar que essa realidade nunca existiu.
12. É essa realidade necessária que está no fundamento de todas as coisas que existem.
13. O que chamamos mundo não é mais do que a expressão dessa realidade eterna.
14. Logo, não é importante saber se o mundo teve um começo no tempo.
15. O que importa é apreender que existe uma realidade última.
16. O que podemos dizer dela?
17. Na verdade muito pouco, pois a essência coincide com a sua existência.
18. Não é racionalmente admissível que possa ser definida (da mesma forma que podemos definir um ente, isto é, uma coisa contingente).
19. Não pode ter opostos, pois nessa realidade última estão todos os opostos; não poder ocupar um espaço, pois nela estão todos os espaços; não pode ser temporal, pois é nela que o tempo se dá; não pode ser uma quantidade, etc., etc.
20. A única resposta possível à razão pela qual existe algo (uma ou várias coisas contingentes) é porque essa realidade existiu sempre necessariamente.
21. É, por essa razão (por ser essa existência necessária, por ser essa realidade última) que lhe chamamos Deus.
22. E não contrário... ;)
23. Com efeito, o nome porque importa...

Faz sempre bem - de vez em quando, claro - fazer um pouco de "metafísica no blog"...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Relatividade


"Relatividade" (1953) de M.C. Escher

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Floresta


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Fotografia de Aka Dito na zona de Toronto

Nel mezzo del cammin di nostra vita,
mi ritrovai per una selva oscura,
ché la diritta via era smarrita.

Dante, Commedia

tradução de Vasco Graça Moura

"No meio do caminho em nossa vida,
eu me encontrei por uma selva escura
porque a direita via era perdida."

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Van Dog


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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Perspectivas


Fotografia de Lumase.

Identificação: NGC 602, N90
Posição (J2000): R.A. 01h 29m 31s - Dec. -73° 33' 15"
Constelação: Tucana
Distância: 196,000 anos-luz

Reflexão em estilo Werther: como tudo é belo visto de muito longe ou de muito perto (talvez o jovem Werther não concordasse com a segunda opção, mas certamente desconhecia a beleza do infinitamente pequeno).

domingo, 30 de novembro de 2008

sábado, 29 de novembro de 2008

Tenryuuji


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Templo do Budismo Zen (escola Rinzai) Tenryuuji em Kyoto (Quioto).
Fotografia de Marser.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Beauty

Via Púrpura Rosa



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Coreografia do canadiano Édouard Lock do filme "Amelia".

Humor Negro



Ao que parece, uma empresa suíça pode transformar o nosso futuro pouco risonho (leia-se, cadáver) num diamante. Segundo Rinaldo Willy, quinhentos gramas de cinzas basta para fazer um diamante. Como o corpo humano produz uns 3 quilos depois da cremação, cada um de nós pode gerar uns 5 ou 6 diamantes! O processo tem a duração de quatro a seis semanas.'Cada diamante é único. A cor varia do azul escuro até quase branco. É um reflexo da personalidade"', comenta Rinado Willy, juízo que só não faz rir porque é, no mínimo, macabro!
Agora, sim, cada um de nós pode tornar-se numa ou várias jóias! O único risco é poder ser literalmente roubado...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Van Dog


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terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Último Desejo



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domingo, 23 de novembro de 2008

Dr. House nos Friends



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Provavelmente já se esqueceram desta cena da célebre série Friends. Nela podemos ver o actor Hugh Laurie (o "Dr. House") contracenando com Jennifer Aniston (Rachel) quando ela se prepara para impedir o casamento de Ross em Londres.

sábado, 22 de novembro de 2008

Sonho



Fotografia de vivian.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ideia Simplex



Li, com todo o interesse, o artigo publicado no último número da revista Visão sobre a polémica em torno da avaliação dos professores do Ensino Secundário. A dado ponto, podemos apreciar os diferentes métodos de avaliação adoptados nos países da União Europeia. O da Finlândia parece-me o mais eficaz: o Ministério de Educação verifica regularmente os resultados da avaliação dos alunos em exames nacionais. Quando se encontram problemas - por exemplo, um número excessivo de reprovações ou notas sofríveis - vai-se verificar o que se passa... Posso estar a ser ingénuo, mas não é este o sistema mais justo e simples de avaliação? A Finlândia não é actualmente apontada como o paradigma do ensino com qualidade? Por que razão andamos sempre a tentar inventar a pólvora?

Abismo de Fogo e Gelo


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Glaciar Vatnajökull na Islândia.
Fotografia para a National Geographic (1997) por Steve Winter.
Se desejarem um wallpaper desta imagem fabulosa para o vosso computador, cliquem no link da National Geographic atrás referido.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Phi



20 de Novembro, dia mundial da Filosofia (Unesco)

Será que a nossa vida humana tem algum sentido se não for examinada até ao fim?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Actualização - Vamos ajudar este burrito???!!!



Situação urgente descrita na Fundação Pegadas. Para mais informações, clique AQUI.
NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA: graças ao esforço do holandês Peter Lee Lander e da sua associação no Algarve (Refúgio dos Burros em Estômbar, ALgarve), assim como de todos que não foram indiferentes ao seu destino, este burro já está neste santuário para animais.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Planeta Terra



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Uma das melhores séries documentais sobre a natureza ainda não-humanizada deste planeta.
Produzida pela BBC com a apresentação de David Attenborough (nos Estados Unidos é apresentada pela actriz Sigourney Weaver).
Para uma boa descrição da série e dos seus episódios, clique AQUI.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Animais como nós



"Houve algumas boas e humanistas almas que se escandalizaram (as boas almas, principalmente as "humanistas", escandalizam-se amiúde com valores que vão um pouco além das fronteiras da sua bondade) com o facto de Obama ter dedicado parte da primeira conferência de imprensa depois de eleito ao cão prometido às filhas.

Podem, porém, sossegar essas boas almas, porque parece que Obama não é indiferente à sua (e delas, boas almas) espécie; talvez só aconteça que as fronteiras do seu humanismo sejam um pouco mais largas que as da humanista Sarah Palin, para quem um barril de petróleo vale bem a extinção dos ursos polares: " O modo como tratamos os animais - afirmou Obama - reflecte o modo como tratamos as pessoas; [também por isso] é muito importante que um presidente se preocupe com a crueldade contra os animais". A recusa de Obama em patrocinar o comércio de "raças puras" do AKC, escolhendo adoptar um animal abandonado ("a mutt, like me", isto é, "um rafeiro, como eu", explicou) tem uma força simbólica que escapa aos "humanistas", que preferiam que ele tivesse falado apenas de índices bolsistas."

Cf. crónica do JN AQUI.
Obrigado ao Veludo Azul por me ter alertado para este texto.

Van Dog


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domingo, 16 de novembro de 2008

Notas sobre o "estudo de um caso"



Uma questão colocada pela Ilha que nunca existiu sobre o estudo de um caso recentemente apresentado, levou-me a uma longa resposta. Decidi, então, fazer um novo post:
O filósofo norte-americano Shoemaker está convicto de que o exemplo imaginário, parafraseado no meu post "Estudo de um caso", pode ser assumido por todas as teorias da identidade pessoal. Apenas existe uma excepção: as teorias que sustentam o critério corporal como sendo o verdadeiro (i.e, uma pessoa é a mesma pessoa em situações distintas se tiver o mesmo corpo). Mas este último critério é provavelmente o mais disputado actualmente, pela simples razão de que nem todas as partes do corpo são minimamente relevantes para se fazer a equivalência entre uma mesma pessoa e um mesmo corpo. Tornou-se evidente que o cérebro tem um papel central na identificação de uma pessoa, o que não acontece, por exemplo, com um braço. Por isso, no limite, onde está o cérebro está a pessoa (mesmo que esteja dentro de um caixa, como dá a entender o filme Boxing Helena). Logo, uma mesma pessoa seria equivalente a um mesmo cérebro.
Mas o cérebro dos vertebrados tem dois hemisférios e o facto de alguém perder um deles não significa que deixe de ser a mesma pessoa (pode quanto muito ficar com certas funções afectadas). Muitas pessoas passeiam-se neste mundo apenas com um hemisfério e ninguém nota a diferença. Logo, poder-se-ia concluir que uma mesma pessoa assenta não no cérebro, mas num dos hemisférios.
Mas o que aconteceria a uma pessoa com dois hemisférios cerebrais se um deles fosse transplantado para um outro crânio "vazio"? Provavelmente dar-se-ia uma multiplicação de pessoas (passariam a ser duas em vez de uma) e ambas diriam que teriam a mesma continuidade psicológica com a pessoa antes do transplante, i.e. diriam que tinham a mesma identidade pessoal.
Como disse, este caso é coerente com outras teorias da identidade pessoal. Por exemplo, um defensor da hipótese do critério da memória (uma pessoa é a mesma pessoa se se lembrar de si em pelo menos dois momentos temporais distintos) não teria problemas com este caso, visto que ninguém nega que a memória possa ter como seu órgão o cérebro. Outro tipo de teorias aceitaria igualmente o caso apresentado, afirmando, no entanto, que a identidade pessoal não está na continuidade psicológica, mas antes no sentimento de si. E se assim for, teríamos duas pessoas com um sentimento pessoal específico, mas que erroneamente afirmariam ser a mesma pessoa do que aquela antes do transplante. É para esta última hipótese que me inclino.
Uma teoria funcionalista, defendida por Sydney Shoemaker, sustenta que o decisivo da identidade não está na preservação de uma mesma matéria, mas, antes, na conservação da disposição estrutural dos diferentes elementos. Para uma teoria funcionalista só os "chauvinistas do Carbono" (a matéria da vida) é que negariam a hipótese de futuras máquinas artificiais poderem ter identidade pessoal. Não é difícil, no âmbito desta teoria, aceitar a ressurreição... mas isso já é uma outra conversa!

sábado, 15 de novembro de 2008

Jardim


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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A Epopeia da sua Vida



Inicio hoje um novo inquérito aos leitores do Expresso do Oriente. Qual foi o filme épico da sua vida? Se estiver indeciso entre várias respostas, tem sempre a possibilidade de as expressar. E se não concordar com o critério, poderá sempre optar por "Other".
Não é fácil definir um filme épico: engloba em si filmes históricos, alguns mais fantasiados do que outros. As grandes aventuras também têm aqui o seu lugar. Apenas não incluí filmes de guerra (embora alguns dos escolhidos tenham cenas guerreiras) ou westerns, pois são géneros cinematográficos já consagrados.
E agora, caro leitor, vote! Blade Runner já foi escolhido como melhor filme de ficção científica e Os Pássaros como o melhor filme de terror. E qual é para si o melhor filme épico?

Caspar David Friedrich

Via Púrpura Rosa



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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

E o vencedor foi...



...The Birds, (Os Pássaros), o filme de Alfred Hitchcock de 1963, baseado numa história da escritora Daphne Du Maurier. Um excelente filme de análise psicológica dos nossos medos. Diga-se que apesar da votação ter durado um mês, a vitória foi renhida. Os leitores do Expresso do Oriente manifestaram mais uma vez o seu bom gosto não só na escolha dos Pássaros, mas também nos filmes concorrentes (Bram Stoker's Dracula; Exorcist; The Others; Psycho; Rosemary's Baby, Shining e Silence of the Lambs). Se pensarmos que o grande Hitchcock é realizador de dois destes filmes; que encontramos nomes como Stanley Kubrick, Francis Ford Coppola, Roman Polanski, ... bem talvez este género cinematográfico não seja tão mau como se pinta.
Agora já temos dois filmes candidatos ao prémio do melhor filme de sempre: Blade Runner e Os Pássaros. Brevemente colocarei uma nova questão mensal sobre cinema.

Estudo de um caso



Ainda antes de continuar os meus posts sobre "identidades confusas", gostaria de vos apresentar um caso filosófico que nos vai deixar nalguma confusão (positiva, bem entendido). Ele foi pensado pelo filósofo norte-americano Sydney Shoemaker (na fotografia), defensor de uma concepção funcionalista da identidade pessoal.
Parafaseando o autor, o caso em questão é o seguinte: imaginemos que vivemos numa sociedade futura na qual a medicina consegue realizar transplantes de cérebros entre diferentes corpos. Vamos imaginar que o meu corpo e um dos hemisférios cerebrais foi atingido por um tumor maligno; apenas o outro hemisfério cerebral se mantém saudável. O meu médico vem ter comigo e coloca-me perante a seguinte alternativa: a) realiza-se um transplante do hemisfério cerebral saudável para um outro corpo (por ex. criado geneticamente) deixando o outro hemisfério morrer progressivamente; b) destrói-se primeiro o hemisfério doente e só depois é que se realiza o transplante da parte saudável. E o médico acrescenta: o primeiro método é vantajoso porque o risco de vida é mínimo, além de ser um processo mais simples e expedito. Mas tem um inconveniente: durante um período de tempo existirão duas pessoas em continuidade psicológica consigo, i.e dizendo que são você!
O que prefere?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Pisco


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"Quando ouço um pisco a cantar numa sebe, não penso: 'Protoplasma irritante tão bem organizado para ser bem sucedido na luta pela existência'."
Joseph Wood Krutch

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Orange


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Van Dog


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domingo, 9 de novembro de 2008

Other Side of the Lake


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Esta fotografia de CaptPiper já tinha sido colocada pelo blogue Fidus Interpres.

sábado, 8 de novembro de 2008

Identidades confusas (4)



Constantemente encontramos a afirmação segunda a qual "identidade pessoal" e "identidade narrativa" são uma e a mesma coisa. Esta identificação explica-se, em grande parte, devido ao sucesso da palavra "narrativa" no léxico contemporâneo. Este termo é utilizado em todos os domínios, desde a neurobiologia até à economia.
Embora esta proliferação de "narrativas" tenha o seu quê de irónico - pela simples razão de que a chamada "condição pós-moderna" é, por definição, uma desconfiança em face do poder legitimador das "grandes narrativas", - esta tendência até poderia ser um bom sinal, ao traduzir a percepção da natureza temporal de todos os aspectos fundamentais da nossa vida. Receio, no entanto, que seja mais um dos inúmeros sound bites que hoje ecoam por todo o lado.
A "narrativa" como estereótipo é bem evidente na identificação apressada entre os conceitos de identidade pessoal e de identidade narrativa. Se olharmos com atenção para os dois filósofos que maior significado deram à função da narrativa na questão da identidade pessoal - a saber, o escocês Alasdair MacIntyre (um dos grandes teóricos da "ética das virtudes") e o francês Paul Ricoeur - em nenhum deles encontramos essa equivalência. Importa frisar que os dois autores defendem a importância da narrativa por razões bem diferentes. Neste post, procurarei mostrar a posição de MacIntyre.

Este autor está essencialmente interessado no poder que a narrativa confere à inteligibilidade da identidade pessoal. Em termos polémicos, quer demarcar-se da tese sartreana, expressa na Náusea, de que a narrativa é uma "falsificação" da vida. Segundo "Antoine Roquentin", o personagem central do romance de Sartre, nós estamos sempre a contar histórias sobre nós e os outros, mas isso não é mais do que uma auto-ilusão. "É preciso escolher: viver ou narrar", diz-nos Sartre nesta obra. MacIntyre rejeita esta ideia, ironizando com o facto do filósofo francês narrar no romance A Náusea a história de "Roquentin" para mostrar que não existem "histórias verdadeiras". Segundo MacIntyre, não é possível dar inteligibilidade a uma acção sem a inscrever num contexto narrativo. O exemplo do "pato histriónico", citado num post recente, traduz bem essa vertente; uma acção, por mais básica que seja, só é inteligível num quadro narrativo. Daí que as "narrativas não sejam obra de poetas, dramaturgos e romancistas reflectindo sobre eventos que só têm ordem narrativa através da forma que lhe é dada pelo bardo ou pelo escritor; a forma narrativa não é um disfarce ou uma decoração." (After Virtue) Pelo contrário, a narrativa é a própria forma como vivemos: sonhamos, acreditamos, desesperamos, aprendemos, odiamos, etc, pela nossa capacidade de dar inteligibilidade, i.e. de dar sentido narrativo aos múltiplos factos que vivemos. Os factos não são em si narrativos, mas ganham inteligibilidade numa determinada narrativa. Do mesmo modo, só conseguimos compreender uma sociedade, mesmo a nossa, através das suas narrativas fundadoras. "A Mitologia, no seu sentido original, está no coração das coisas. Vico tinha razão assim como Joyce."
MacIntyre reflecte, então, no poder que narrativa tem sobre a identidade pessoal. Segundo ele, não é a continuidade psicológica que permite legitimar a nossa identidade pessoal. Apenas a narrativa o consegue conferindo contexto e sentido à experiência que cada um tem de si próprio. Mas ele sublinha que "não est(á) a argumentar que os conceitos de narrativa ou de inteligibilidade são mais fundamentais do que o da identidade pessoal". O que ele argumenta é que a narrativa confere unidade e inteligibilidade à experiência singular que cada tem da sua própria vida. Em termos simples, pode-se dizer que, para este autor, a narrativa dá sentido à nossa singularidade como pessoas, à nossa identidade pessoal, ao sentimento de si. A minha vida singular não só tem uma história da qual sou, em parte responsável, como se entrecruza constantemente com as histórias da vida de outras pessoas singulares. Por sua vez, a vida pessoal inscreve-se no contexto de uma "narrativa de busca" (narrative quest). Mas busca de quê? O filósofo é claro em afirmar que o objecto da busca não é semelhante ao ouro dos mineiros. Para MacIntyre, a "busca" deve ser antes entendida como uma "educação do carácter" através do conhecimento de si próprio e da realização do bem, por mais trágica que essa busca seja.
Numa só frase: narrativa e identidade pessoal são conceitos diferentes para MacIntyre, mas a unidade narrativa torna a nossa identidade pessoal mais substantiva, com maior sentido. Se quiserem uma imagem, a identidade pessoal é a nossa nudez; as narrativas são a roupa que não só vestimos como incarnamos. Mas isso não significa que o hábito faça o monge; protege-o, no entanto, do frio...

Japanese Story



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Quando comecei a ver este filme australiano sobre a relação entre Sandy, uma geóloga, e Hiromitsu, um empresário, a minha primeira impressão não foi nada de especial. Quanto muito lá teríamos mais um filme sobre os mal-entendidos derivados do conflito entre culturas radicalmente diferente. Mas, para minha grata surpresa, esta "história japonesa" na Austrália torna-se uma das narrativas mais subtis e interessantes que já vi. A partir de certo momento, já não são precisas palavras entre os actores. Tudo se joga nas expressões faciais e no cruzamento dos olhares. Um filme comovente realizado por Sue Brooks em 2003!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Histriónico



Pato-arlequim
Género: Histrionicus
Espécie: Histrionicus histrionicus

“Estou à espera do autocarro quando um jovem ao meu lado me diz: 'O nome do pato comum selvagem é Histrionicus histrionicus histrionicus'. Não há qualquer problema em relação ao sentido da frase que ele enunciou: o problema está antes em saber o que é que ele estava a fazer ao enunciá-la. Suponhamos que o jovem enuncia esta frase em intervalos aleatórios; isto poderia ser uma possível forma de loucura. Mas nós tornaríamos esta frase inteligível se uma das seguintes situações se revelasse verdadeira. Ele confundiu-me com uma pessoa que ontem se aproximou dele na biblioteca e lhe perguntou: 'por acaso, sabe o nome latino do pato comum selvagem?' Ou ele acabou de chegar de uma sessão com o seu psicoterapeuta que o incitou a acabar com a timidez falando com estranhos. 'Mas o que devo dizer?' 'Oh, qualquer coisa'. Ou ele é um espião soviético que tinha combinado um encontro e enunciava o estranho código que o identificaria perante o seu contacto. Em cada caso, o acto de enunciação torna-se inteligível quando se descobre o seu lugar numa narrativa.”
A.MacIntyre, After Virtue, A Study in Moral Theory, London, Duckworth, 1985,2ª edição, p.210

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A Cigana Adormecida


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"A cigana adormecida" (La Bohémienne Endormie), quadro de Henri Rousseau de 1897. É provavelmente a sua pintura mais célebre, não só pela sua perfeição estética, como também por antecipar claramente o surrealismo. Encontra-se igualmente no MoMA.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Esperança



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Yes We Did!



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2ª Parte



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Discurso de vitória de Barack Obama em Chicago.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Porque hoje vai ser um dia histórico…

Porque hoje vai ser um dia histórico…
via Rua da Judiaria by Nuno Guerreiro Josué on 11/4/08



::PARA OUVIR::.
Democracy



O Sonho


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"Le Rêve", quadro do pintor francês Henri Rousseau de 1910, precisamente o ano em que faleceu.
Embora Picasso tenha ficado encantado com a sua pintura e os fauvistas o considerassem o seu mestre-pintor (provavelmente, o uso do termo "fauve" - animal selvagem - provém dos temas das obras de Rousseau), os seus rendimentos eram mínimos. Nos últimos anos de vida, tinha de tocar violino nas ruas para obter o necessário para a sua sobrevivência. Mas, em 1911, um ano depois da sua morte, já se realizavam exposições sobre a sua obra...
Este quadro encontra-se actualmente no MoMA.