sábado, 31 de março de 2007

A Água e a Luz


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Mais uma cena do filme "Água" da realizadora indiana Deepa Mehta. Para lá da beleza do filme - já aqui referida - é tão forte ouvir, neste contexto de tanto sofrimento, Gandhi declarar que "a Verdade é Deus". Mas "everybody lies", como diz o "filósofo" Gregory, o que talvez explique muita coisa.
O filme fez-me também pensar nalgo completamente diferente: a hipótese de Yves Coppens (que, com Donald Johanson, descobriu a australopiteca "Lucy") de que o Ocidente vive obcecado com o Sol e o Oriente com a Água. Se esta tese for verdadeira, talvez isto também explique muita coisa: a obsessão dos "primeiros humanos europeus" (40.000 anos) em descobrir o lugar onde o Sol se escondia, mesmo que isso implicasse viver não só numa Europa gelada, mas também o de conviver com os magníficos "europeus" que já cá viviam (Homem de Neanderthal); assim como a obsessão dos orientais por todo o tipo de abluções, desde os ritos hindus à fixação japonesa no poder purificador da água, até à viagem louca e inacreditável, há 45.000 anos, que permitiu a descoberta humana da Austrália.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Água


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Apesar desta fotografia indiciar o "fogo", o filme tem como elemento central - tanto a nível da fotografia, como do enredo -, a "água". Para lá da denúncia da situação inacreditável das viúvas indianas nos anos 30 e da prostituição infantil, de não faltar o típico melodrama indiano (mas tratado de uma forma delicada), o filme da realizadora indiana Deepa Mehta (Water, 2005) é belíssimo. Ela realizou igualmente outros filmes dedicados aos elementos naturais (fogo, terra,..., não sei se mais).

quinta-feira, 29 de março de 2007

A pintura de Koko



Enquanto Michael era notável nas suas obras artísticas, Koko suplantava-o claramente na linguagem e no raciocínio abstracto. Quando Michael morreu, ela solicitou que lhe fosse colocado, no seu quarto, uma pequena luz durante a noite. O seu desespero foi tão grande que Patterson lhe disse que Michael se tinha transformado num anjo. Ao que ela respondeu, "imagino". Koko também se interessava pelas artes plásticas e desenhou esta representação do amor. Aqui está a imagem com todo o amor dela para os nossos leitores do Expresso do Oriente. Para mais informações sobre a Koko e a Michael, conferir o seguinte site

terça-feira, 27 de março de 2007

Um cão chamado Apple...

Michael, um gorila órfão, foi adoptado pela Gorilla Foundation e, naturalmente, a nossa querida Koko cuidou dele e tomou a iniciativa de lhe ensinar a ASL (American Sign Language). Infelizmente Michael morreu ainda novo com um problema cardíaco. Mas deixou-nos um testemunho raro, único, que nós apenas pensamos ser exclusivo dos seres humanos: a arte. Michael tinha como animal de estimação um cão chamado Apple.

Utilizando apenas a memória fez este retrato do seu fiel amigo:

Para mais pormenores, consultar a Gorilla Foundation e a Universidade de Stanford (encontram os links no post sobre a Koko)

segunda-feira, 26 de março de 2007

Esta criança...



Os descendentes desta criança poderiam andar por aí... mas todos os dados científicos apontam que isso não é possível. Ela fez parte da espécie de "Homo Neanderthal" que se extinguiu há 24.000 anos na Europa. Mesmo que tenha havido cruzamentos sexuais entre o "Homem de Neanderthal" e o "Homem Sapiens" (ou Sapiens Sapiens), como são espécies diferentes, nunca poderiam gerar filhos comuns.

sábado, 24 de março de 2007

Koko

Koko é o único animal que eu conheço que, um dia, falou com seres humanos sobre o significado da morte. Esta gorila domina a ASL (American Sign Language) e consegue construir pequenas frases, geralmente associando dois sinais. Koko foi ensinada pela Dra. Penny Patterson (Gorilla Foundation e Stanford University).

Este vídeo é apenas a sua apresentação, assim como um alerta para fazermos algo de forma a evitar a mais que provável extinção dos gorilas da face da Terra.



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Noites Brancas

"The Sun also rises"

"Tudo é efémero. Que proveito tira o homem de todo o sofrimento com que se afadiga debaixo do sol? Uma geração vai, outra vem, e a terra permanece sempre. O sol levanta-se, o sol deita-se... não há nada de novo sob o sol!"
Eclesiastes 1, 1-9

quinta-feira, 22 de março de 2007

Fico sem pio

Que o blog Kitschnet me perdoe, mas não consigo resistir a copiar o post de 20 de Março ("sem pio").
Esta ave (ave-lira) é um espanto e deve sofrer certamente do "complexo da solidão"... vejam até ao fim que merece bem a pena! É também uma bela homenagem à obra de David Attenborough.



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Sublime!


Quem me dera saber o nome do local (a minha intuição diz-me que é na Coreia, mas posso estar a milhas de distância...), assim como o nome do fotógrafo! É uma fotografia sublime, apesar da simetria das formas (habitualmente apenas índice de beleza).

quarta-feira, 21 de março de 2007

Dedicado à nossa Ministra da Educação!

Agora com legendas em português!



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Quadros de uma Exposição 4/4



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terça-feira, 20 de março de 2007

Quadros de uma Exposição 3/4



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segunda-feira, 19 de março de 2007

Quadros de uma Exposição 2/4



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domingo, 18 de março de 2007

Quadros de uma Exposição 1/4



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sábado, 17 de março de 2007

Sacrifício


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O Sacrifício (Offret) é, como se costuma dizer, um dos "filmes da minha vida". É o último filme de Tarkovsky que constitui, nas palavras do realizador, o seu 'testamento à humanidade' (o realizador sabia que estava a morrer). A questão do valor do sacrifício sempre me perturbou. Por um lado, sei bem a força das palavras de Mateus 9,13 "É a generosidade que desejo e não o sacrifício"; ou então, nas Upanishads, é-nos dito que aqueles que enaltecem os sacrifícios "pensam-se a si mesmos como sendo sábios e instruídos (...) mas não são mais do que cegos conduzindo outros cegos". Na Bíblia, na tradição profética, encontramos a interrogação irritada de Deus (Isaías 1,11-15) : "Que me importam os vossos inúmeros sacrifícios?" Mas como é possível amar realmente alguém sem sacrificarmos o nosso egoísmo? O amor real, autêntico, não é sempre o sacrifício total da nossa vida (a curto,a médio ou a longo prazo)? Que interesse tem a "nossa" (é mesmo "nossa" ou de "alguém"?) vida? Guardamo-la para quem?

quinta-feira, 15 de março de 2007

Como as estrelas do céu





Muitas pessoas perguntam-me o que é e onde fica este estranho e maravilhoso edificio, cuja primeira imagem (a imagem superior) aparece em todo o seu esplendor no filme Baraka de Ron Fricke. Trata-se do santuário islâmico Shah Cheragh que fica situado no sudoeste do Irão, na cidade de Chiraz/Shiraz (esta, por sua vez, fica situada a poucos quilómetros de Persépolis, nome grego de Parsa, a antiga capital da Pérsia, residência real dos Aqueménides). Shah Cheragh é o túmulo de dois mártires (Amir Ahmad e Mir Muhammad) durante o conflito entre os abássidas e os xiitas.

quarta-feira, 14 de março de 2007

terça-feira, 13 de março de 2007

domingo, 11 de março de 2007

Borodin





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Apesar do carácter totalmente "pirata" da gravação, vale a pena escutar as danças do Príncipe Igor (as danças polovetsianas) do compositor russo Borodin (1833-1887). No princípio do século XX esta composição musical estaria certamente no Top+. A imagem superior é a do cenário proposto por Roerich aos Ballets Russes.

sábado, 10 de março de 2007

Açores


Fotografia tirada por "mariofeijoca" para a Webshot.
Para ver esta fotografia em todo o seu esplendor, clique na seguinte imagem (seleccione, depois, "full size" no canto superior direito):
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Click on Photo-AZORES DELFIN - NA CIDADE SECRETA DOS GOLFINHOS- DOLPHINS SECRET CITY

Para ver mais imagens da terra onde, por acaso, abri pela primeira vez os olhos, clique aqui. Iniciativa do jornal O Público.
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sexta-feira, 9 de março de 2007

Richard Strauss



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Dizia George Steiner, a propósito da última sonata composta por Schubert, que existem obras de arte que justificam a humanidade. Esta canção (Lied) da obra de Richard Strauss, Quatro Últimas Canções, é um outro exemplo. O som que vão ouvir pode não ser o melhor, certamente preferiríamos outro cenário, mas é mesmo muito difícil ficar indiferente.

"Através de penas e de alegrias
Caminhámos de mão dada,
Agora repousamos da viagem
Nesta terra serena.
À nossa volta os vales inclinam-se,
Escurece já o céu,
Só duas cotovias se elevam,
Sonhadoras no ar perfumado.
Aproxima-te e deixa-as esvoaçar.
Em breve será hora de dormir,
Não nos vamos nós perder
Nesta solidão.
Ó ampla e serena paz,
Tão profunda ao pôr-do-sol,
Como nós estamos cansados de viajar
não será isto talvez a morte?"

Joseph von Eichendorff, Im Abendrot (Ao pôr-do-sol)

quinta-feira, 8 de março de 2007

quarta-feira, 7 de março de 2007

Gerry Godot



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Recordando um excelente filme, já aqui assinalado, de Gus Van Sant, Gerry que até, por acaso, tem como música de fundo o tema musical deste blog (Spiegel im Spiegel, Espelho no Espelho). Como diz o trailer, é impensável não nos lembramos de Ansel Adams, de Samuel Beckett, de Blair Witch e, acrescentamos nós, da música simultaneamente etérea e apaixonada de Arvo Pärt.

domingo, 4 de março de 2007

Ponto num círculo azul


Agora que o entusiasmo astronómico cresceu, deixo aqui um "enigma": que fotografia é esta e o que é que ela representa? Um brinde para quem acertar em primeiro lugar.

sábado, 3 de março de 2007

Saudades





Saudades desse mundo em que Konrad Lorenz pontificava. Esperança sempre renascida, mas periodicamente destruída, de um mundo que nos libertasse dos "pecados mortais da civilização" (expressão de Lorenz). Não me consigo recordar do nome de quem uma vez disse num documentário na televisão: "pode ser que o mundo faça muito sentido sem nada disto, mas é-me impossível continuar a viver nele."

sexta-feira, 2 de março de 2007

The Rite of Spring



O melhor site sobre a Sagração da Primvera de Stravinsky. Até tem uma apresentação pessoal do maestro Michael Tilson Thomas da Orquestra Sinfónica de São Francisco. Para ver, clique aqui.
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quinta-feira, 1 de março de 2007