segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ópera Mágica


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É ainda hoje objecto de aceso debate no seio dos círculos mozartianos saber qual das obras de Mozart é a mais perfeita. Naturalmente os juízos variam em função do gosto pessoal. As Bodas de Fígaro, Don Giovanni, o Requiem e recentemente Così Fan Tutte costumam dividir as apreciações. Mas a Flauta Mágica é habitualmente consignada, mesmo pelos não-mozartianos, como uma das obras mais perfeitas do espírito humano. Apenas rivaliza com ela, a Paixão segundo São Mateus de Bach, a Nona Sinfonia de Beethoven, o Tristão e Isolda de Wagner e o Sacre du Printemps de Stravinsky.
São obras de algum modo "desumanas", no sentido positivo do termo, ao roçarem os limites das faculdades do homem. Sublimes, para o dizer numa só palavra.
Compreende-se, assim, que a versão da Flauta Mágica, apresentada no Festival de Salzburgo de 2006 (o ano da celebração dos 250 anos do nascimento de Mozart), tenha sido produzida com um cuidado extremo. Tudo foi pensado ao milímetro, de tal modo que a encenação de Pierre Audi pode-se descrever como excelente.
Podem aqui ouvir a mais célebre ária desta obra de Mozart, Der Hölle Rache, a vingança infernal da Rainha da Noite, interpretada pela soprano Diana Damrau.

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