domingo, 24 de maio de 2009
A Flor Azul
No romance de Novalis (pseudónimo de Friedrich von Hardenberg), Heinrich von Ofterdingen, o principal personagem - precisamente o que é designado pelo título e que corresponde a uma figura lendária da cultura medieval alemã - adormece e sonha com a Flor Azul. A busca da mesma torna-se o objectivo central do poeta, pois nela cruza-se o mundo natural, o humano e o espiritual, numa palavra, o si mesmo (Selbst). A busca da flor azul (die blaue Blume) é a busca de si mesmo.
Existem algumas flores que são candidatas à "flor azul" de Novalis:
A "escovinha"... :)
o "miosótis"...
e o "acónito" (nome de flor que significa literalmente em grego "planta venenosa").
Esta última ("Eisenhut" em alemão) é provavelmente a melhor candidata, visto que o seu lugar natural são os meandros das montanhas (que Novalis conhecia bem por causa da sua profissão de engenheiro de minas).
Mas a verdadeira flor, a flor autêntica, não tem nome nem nunca poderia ter... melhor dizendo, geralmente é conhecida erradamente pelo nosso "nome próprio".
Etiquetas:
flores,
Heinrich von Ofterdingen,
identidade pessoal,
Novalis,
romantismo
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5 comentários:
A flor autêntica morre quando nascemos.
Nuno.
blue velvet! será que o Lynch se inspirou no Novalis?...
poderíamos falar horas sobre Novalis..."die blaue Blume" a partir do original.
quem sabe, um dia destes...
abraço.
a mulher badalada.
...e a flor autêntica, a azul, nunca morre. é consubstancial ao que concebemos como vida e morte.
intangível, segundo Novalis.
abraço.
a mulher badalada nº1.
Das ist toll. Danke.
Ani
anidabar.wordpress.com
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