Mas é precisamente o que ela diz que não é (e aí concordo com ela). Já não é a Jill (provavelmente nem saberia pronunciar o nome), a Professora de neurologia, etc., etc. Já não diz "I am" mas mais tarde acrescenta "Here I am"...
"I felt euphoria". Ela nunca põe em causa ser ou não ser a mesma pessoa. Ela desconecta-se da realidade exterior, esquece-se do seu passado (09:39-10:13), mas é sempre ela a ter essa experiência.
Mais à frente, diz: "Clear in my mind I say to him: this is Jill, I need help... and what comes out of my voice is wowowowowo... and I think oh my gosh I sound like a golden retriever".
Ela tem uma memória bastante vívida da experiência e refere-se sempre à experiência como sendo uma experiência consciente.
Tudo é claro dentro da mente dela, mas percepciona-se a si e à realidade exterior de forma diferente e inteiramente nova.
Agora, enquanto fala para a plateia do TED, integra essa experiência na sua experiência; é uma memória de Jill.
Penso que a eterna questão se põe de outra forma: quem é Jill, para lá das suas propriedades acidentais?
A própria compassividade que Jill "adquire" surge de uma experiência que podemos supor contingente; sendo, portanto, uma propriedade acidental.
4 comentários:
Jill.
Mas é precisamente o que ela diz que não é (e aí concordo com ela). Já não é a Jill (provavelmente nem saberia pronunciar o nome), a Professora de neurologia, etc., etc. Já não diz "I am" mas mais tarde acrescenta "Here I am"...
"I felt euphoria". Ela nunca põe em causa ser ou não ser a mesma pessoa. Ela desconecta-se da realidade exterior, esquece-se do seu passado (09:39-10:13), mas é sempre ela a ter essa experiência.
Mais à frente, diz: "Clear in my mind I say to him: this is Jill, I need help... and what comes out of my voice is wowowowowo... and I think oh my gosh I sound like a golden retriever".
Ela tem uma memória bastante vívida da experiência e refere-se sempre à experiência como sendo uma experiência consciente.
Tudo é claro dentro da mente dela, mas percepciona-se a si e à realidade exterior de forma diferente e inteiramente nova.
Agora, enquanto fala para a plateia do TED, integra essa experiência na sua experiência; é uma memória de Jill.
Penso que a eterna questão se põe de outra forma: quem é Jill, para lá das suas propriedades acidentais?
A própria compassividade que Jill "adquire" surge de uma experiência que podemos supor contingente; sendo, portanto, uma propriedade acidental.
Penso que esta canção é uma sublime reflexão sobre o que é a experiência humana:
http://www.youtube.com/watch?v=71jbRZEt6eU
Enviar um comentário