quarta-feira, 4 de abril de 2007

O Poder da Natureza


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Era minha intenção fazer uma reportagem em directo da "natureza" para o "expresso do oriente". Mas, como seria de esperar (natural), o projecto falhou... A trovoada, a chuva, as péssimas ligações do local onde estava, arruinaram o meu propósito. E, assim, apenas me foi possível oferecer-vos uma "pausa inesperada".
Vou deixar-vos, para já, uma fotografia do local onde estive três dias. Dá para ressuscitar um morto (para quem lá esteve)!
Há algo de muito estranho nas nossas relações com os elementos naturais, mesmo que adulterados pela mão humana (como é o caso do local). Podemos ver filmes ou imagens espantosas, mas nada substitui o contacto directo. A minha intuição diz-me que mesmo se tivéssemos imagens de alta resolução ou câmaras de vídeo de tal modo sofisticadas que nos trouxessem todos os elementos sensoriais (desde a visão ao tacto) o efeito sobre a nossa alma não seria o mesmo. Precisamos efectivamente de estar lá, da experiência directa. Mas porquê? Os nossos órgãos sensoriais não são os mediadores entre o mundo interior e o exterior?
Mesmo que fôssemos "cérebros numa cuba" num laboratório, recebendo as estimulações nervosas associadas ao mundo externo (como no filme Matrix), mesmo que esse cérebro fosse colocado num robot móvel (criando a ideia de interacção), intuitivamente saberíamos que haveria algo de errado nessa experiência. Mas porquê? Será que a minha intuição é falsa e que o mundo em que vivemos é uma matrix que desconhecemos?

2 comentários:

Marta Rema disse...

sempre pensei que é nessa natureza em que pensaremos no último momento, no último sopro. esse laço. essa pertença?...

Marta Rema disse...

nunca tinha feito esta relação com a questão da identidade pessoal! (que se tornou numa questão continuamente a obrar no meu cérebro...)