terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

David Irving


David Irving é um dos principais representantes da historiografia "revisionista" sobre a segunda guerra mundial. Foi agora condenado pela justiça austríaca a três anos de cadeia por negar a Shoah, isto é, o Holocausto nazi. Diga-se que Irving, nos seus livros, tem sobretudo tentado inocentar Hitler da "solução final", procurando encontrar um bode expiatório para o que aconteceu. Desde Himmler até Goebbels, candidatos não lhe têm faltado. É evidente que, para este historiador inglês, Hitler, apesar de anti-semita radical, desconhecia o que se passava nos campos de concentração e de extermínio. A tese é, no mínimo, exótica, sobretudo depois das declarações de Eichmann, o responsável político e técnico da perseguição aos judeus. Parece-me, no entanto, que a decisão de condenar Irving fere o princípio de liberdade de expressão e é, em termos políticos, estúpida.

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