quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006
Se vires um Buda, mata-o
Esta é uma célebre sentença budista que explica a razão pela qual, em grande medida, o budismo é uma das religiões mais tolerantes do mundo em que vivemos. Se não conseguirmos "destruir" a imagem do que veneramos, corremos o sério risco de criarmos ídolos, profetas de pés de barro. Tudo isto a propósito da recente polémica sobre os cartoons publicados na Dinamarca. Triste a reacção do nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros que decidiu, em comunicado oficial, repudiar os polémicos desenhos. Sem dúvida que o governo português deve respeitar todas as crenças religiosas, mas não deve fazer juízos de valor sobre a reacção das pessoas a qualquer religião. A única excepção é a condenação da violência e o incitamento à mesma (mas o comunicado parece fazer voz com aqueles que agiram violentamente). Corajosa, sim, a reacção do primeiro-ministro da Dinamarca: o governo dinamarquês nunca pedirá desculpas a ninguém por aquilo que aconteceu. Gostaria de acrescentar que tenho uma visão muito positiva de Muhammad (Maomé) e que a religião islâmica é, no essencial, uma religião pacifica. A palavra "islam" pode ser traduzida livremente por "estar em paz". Mas nenhuma crença religiosa ou ateia pode violar o direito mais fundamental de todos os seres humanos: o direito à liberdade.
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