quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Alla Turca



Mozart, como aliás grande parte da sociedade culta europeia do século XVIII - veja-se Voltaire -, vivia fascinada com o Oriente. Esse fascínio traduziu-se em várias obras musicais nas quais o imaginário turco e oriental estava presente. São famosas as obras de Mozart como O Rapto do Serralho (já aqui referido) e a célebre Sonata para Piano nº11 em Lá (A) Maior (K331). Nesta última encontramos um "Rondo alla Turca" que faz parte do repertório de todo aquele que quer singrar um dia nas artes do piano. Este interesse de Mozart pela Turquia e pelos seus costumes era comum na sociedade vienense da época. Afinal, Viena foi quase tomada pelos turcos na célebre batalha de 1683, tornando-se a derrota turca no símbolo do triunfo europeu da Casa dos Habsburgos. E, assim, um século mais tarde, a Turquia estava "presente" em Viena - diz-nos, pelo menos, a lenda - através dos croissants (em memória da vitória sobre os otomanos), no cappuccino (como recordação do café turco) e nas obras orientais de Mozart. A interpretação do "Rondo alla Turca" que apresento tem uma peculiaridade: não é tocada por humanos! O segredo está num programa informático chamado justamente Sibelius. Mas os resultados são bem interessantes.

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