terça-feira, 28 de setembro de 2004

Coup de Tonnerre

É com esta expressão bem sonora que a revista Classica (número de Outubro) classifica a edição de uma das últimas obras de Olivier Messiaen, Eclairs sur l'Au-delà, pela Filarmónica de Berlim sob a direcção de Sir Simon Rattle. Segundo a crítica, por mais que se procurem defeitos nesta gravação, eles não se encontram. Para coroar o êxtase místico que rodeia esta gravação, a revista entrevista o maestro que declara o seu amor profundo pela música francesa. Ele faz referência à importância que a obra de Messiaen tinha quando era adolescente. Leitores mais distraídos pensarão que tal interesse só poderia profetizar a sua genialidade como intérprete musical. Esquecemo-nos que Messiaen era um compositor muito popular durante os anos 60 e 70. Andávamos todos em êxtase com as suas músicas sobre pássaros e a Índia, interesse que não era alheio a proximidade entre Boulez (o discípulo bem amado) e Messiaen (o mestre).

1 comentário:

Anónimo disse...

Tive a sorte de assistir ao vivo a Rattle dirigindo Messiaen, Eclairs sur l'Au-delà. Foi a primeira vez que ouvi, mas foi a melhor!;-) IB