
Um dos filmes mais deprimentes que já vi, mas em que a ideia de esperança - identificada com fertilidade - nunca é abandonada. Filme do realizador mexicano Alfonso Cuarón, baseado num romance de P.D. James. Estamos em 2027 e há 18 anos que a espécie humana não conhece novos nascimentos. Em face da mais que provável extinção da espécie humana, tudo entra em colapso (a dada passo até se refere o colapso de Lisboa). O que é perturbador no filme é a proximidade do mundo que nos envolve com aquele que é registado no filme. Mundo da "Waste Land" (poema de Eliot citado pelo personagem interpretado por Michael Caine, "Jasper") em que um sinal de fertilidade, mesmo que vulnerável, é símbolo de uma infinita esperança.
Sem comentários:
Enviar um comentário