domingo, 10 de outubro de 2004

As Cores de um Cubo Rubik

Li algures a história verídica de uma criança com três anos que, ao dar-se conta que tinha "desarrumado" as cores de um cubo Rubik, ficou extremamente angustiada. Desatou a chorar quando se apercebeu que não conseguia "arrumá-las" novamente. Esta criança pode ser apenas um caso isolado ou apontar para algo mais universal... se aceitarmos esta segunda hipótese, então significa que temos um horror inato ao "caos" e adoramos padrões definidos de identidade. Como o Poirot, apreciamos as formas simétricas e não ficamos fascinados pelo facto da "desordem" nos oferecer aparentemente mais possibilidades ("cores"). Por isso, pais e mães deste país, se o vosso filho desarrumar o quarto não o castigais, pois ele adoraria saber arrumá-lo num "piscar de olhos". A sua resistência apenas se deve à certeza que é mil vezes mais simples desarrumar do que fazer o inverso. Bateson explica...

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