quarta-feira, 13 de outubro de 2004

Ensinando Schubert

Por mera coincidência, terminei o visionamento do filme A Pianista pouco depois de ter sido atribuído o Prémio Nobel da Literatura à escritora austríaca Elfriede Jelinek. Baseando-se num romance desta autora, Michael Haneke, realizador alemão-austríaco (alemão porque nasceu em Munique; austríaco porque viveu grande parte da sua vida em Viena), apresenta-nos um dos filmes mais tristes que vi na minha vida. Não poderíamos encontrar melhor retrato da forma como a solidão afectiva pode conduzir através da fantasia à destruição integral de uma pessoa. A cena final do suicídio falhado é um dos momentos mais pungentes do cinema. Como sempre, Isabelle Huppert está excelente!

1 comentário:

Horácio disse...

Sem dúvida.
Um filme inquietante; diria mesmo: uma constante autodestruição "falhada".

Horácio