segunda-feira, 17 de janeiro de 2005


Quem viveu na "Casa de Portugal", em Paris, certamente se recorda do edifício monumental da "Casa do Cambodja". Nos finais dos anos 80, parecia uma casa assombrada, como se aquele país tivesse deixado de existir. Eu adorava a cultura Khmer de Angkor e só de pensar que a herança de uma das mais belas civilizações tinha sido arrasada e destruída por um louco assassino chamado Pol Pot, deixava-me profundamente triste. Foi, para mim, uma alegria enorme ter visto ontem na Mezzo a exibição do Ballet Real Khmer, cujo modelo de dança se tornou, desde 7 de Novembro de 2003, património mundial da Humanidade (Unesco). A beleza da dança e das coreografias dá novamente corpo ao espírito de uma civilização que soube cruzar as histórias hindus do Ramayana com a meditação budista. Como bónus, ainda tive os comentários de Maurice Béjart a este tipo de dança, cuja origem está gravada nas pedras de Angkor Vat. Posted by Hello

1 comentário:

r.e. disse...

parabéns pela sensibilidade e bom gosto. voltarei com mais tempo para fruir um pouco mais deste espaço acolhedor e estimulante intelectualmente. foi prazeroso perceber que temos paixões partilháveis, por Klimt, por Eliot, por Pound. Voltarei certamente. permite-me que te adicione à minha lista de espaços especiais. J.