quinta-feira, 13 de janeiro de 2005

Richard Strauss e Eichendorff

A última e mais bela canção...

”Através de penas e de alegrias
Caminhámos de mão dada,
Agora repousamos da viagem
Nesta terra serena.

À nossa volta os vales inclinam-se,
Escurece já o céu,
Só duas cotovias se elevam,
Sonhadoras no ar perfumado.

Aproxima-te e deixa-as esvoaçar.
Em breve será hora de dormir,
Não nos vamos nós perder
Nesta solidão.

Ó ampla e serena paz,
Tão profunda ao pôr do Sol,
Como nós estamos cansados de viajar –
Será isto talvez a morte?”

Joseph von Eichendorff, Ao pôr do Sol

„Wir sind durch Not und Freude
Gegangen Hand in Hand;
Vom Wandern ruhen wir
Nun überm stillen Land.

Rings sich die Täler neigen,
Es dunkelt schon die Luft,
Zwei Lerchen nur noch steigen
Nachträumend in den Duft.

Tritt her und lass sie schwirren.
Bald ist es Schlafenszeit,
Dass wir uns nicht verirren
In dieser Einsamkeit.

O weiter, stiller Friede!
So tief im Abendrot,
Wie sind wir wandermüde –
Ist dies etwa der Tod?“

Joseph von Eichendorff, Im Abendrot

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